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As verbas destinadas para 2021 relativas ao Fundo Ambiental eram de 4,5 milhões de euros (Foto: Pexels)

Portugueses esgotam verbas do Fundo Ambiental

Em apenas três meses, os portugueses esgotaram as verbas destinadas ao Fundo Ambiental no valor de 4,5 milhões de euros. Este valor é a prova de que os consumidores portugueses procuram cada vez mais equipamentos para consumos eficientes.

De acordo com dados do Payper, o gestor de tarifários e ferramenta para gestão das contas mensais, verifica-se que os portugueses estão cada vez mais preocupados em se tornarem consumidores eficientes de energia, de tal forma, que a procura de equipamentos eficientes “disparou nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2020”. Como consequência, “foi esgotada em três meses toda a dotação prevista até ao final de 2021 (4,5 milhões de euros) para as candidaturas submetidas ao aviso “Edifícios mais Sustentáveis 2020/2021” do Fundo Ambiental”.

Segundo a informação do Payper, os consumidores estão mais conscientes e abertos à aquisição de produtos/equipamentos que promovam a eficiência energética, “como sistemas solares térmicos, sistemas de aquecimento/arrefecimento, janelas eficientes ou postos de carregamento de veículo elétricos”.

Ao que tudo indica, verificou-se que “o interesse em equipamentos de energia eficiente em Portugal quase que triplicou entre outubro de 2020 e abril de 2021”, sendo que cerca de 92 mil consumidores compraram “ofertas comerciais em abril” deste ano.

Tendo em conta os resultados do inquérito realizado pela Payper, concluiu-se que 70% dos 40 mil participantes, “tem interesse em implementar sistemas eficientes de aproveitamento de energia”, e que “o preço permanece como o fator mais relevante”.

O Data Analyst, Nuno Costa, explica que “o que sucede é que as despesas com eletricidade são excessivas para a maioria dos portugueses”, pois “se cada consumidor comparar a sua despesa atual com as ofertas comerciais disponíveis, comparação em que o Payper pode auxiliar, selecionando o tarifário mais adequado ao seu consumo, acreditamos que em 2021 pode poupar cerca de 100 euros”. Reiterando que “se adicionalmente, investir numa habitação mais eficiente ou, por exemplo, em painéis solares, pode atingir poupanças superiores a 40% face à despesa mensal atual”.

Verifica-se, também, que cerca de 92% dos inquiridos afirma que optariam pelo “fornecedor mais económico” e, 83% garante que “é importante ser um fornecedor que seja elegível para receberem subsídios nesta aquisição”.

O inquérito do Payper destaca também que o fornecimento de soluções fotovoltaicas é uma boa aposta para os comercializadores de eletricidade. Assinala também a forma de pagamento e aquisição destes produtos, pois concluiu-se que “64% prefere repartir o pagamento em mensalidades” ao invés de “efetuar o pagamento total de início”.

Em nota de imprensa, o Payper chama ainda a atenção para o facto de que os inquiridos demostraram um “forte interesse” em projetos de comunidades de energia renovável, “com 76% associando o seu interesse nestes projetos ao acesso a energia 100% renovável de produção local e 81% referindo o acesso a energia mais barata”.