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O estudo do BNP Paribas revelou que há uma tendência para a consciencialização da sustentabilidade ambiental (Foto: Unsplash)

Portugueses preferem produtos, empresas e marcas sustentáveis

De acordo com a investigação do BNP Paribas, nove em cada dez portugueses preferem produtos, empresas e marcas mais sustentáveis. Estes resultados vêm comprovar o compromisso com a transição ecológica como fator de vantagem competitiva para as empresas.

O estudo realizado pela BNP Paribas Personal Finance acerca da transição ecológica e a responsabilidade das empresas: “Portugal e França: juntos na transição ecológica – a responsabilidade das empresas em tempo de covid”, pretende perceber de que forma as organizações estão a combater as alterações climáticas, “colocando o foco nas empresas, com destaque para as de origem francesa presentes em Portugal, enquanto agentes responsáveis por uma sociedade mais sustentável”.

De acordo com o comunicado de imprensa, a investigação procurou “compreender e avaliar se a preocupação e o compromisso com a transição ecológica por parte das empresas é, ou não, um fator de valorização perante os cidadãos e de que forma é que os cidadãos percecionam este compromisso”.

O estudo revelou que há “uma tendência ao nível da consciencialização ambiental”, pois cerca de 75% dos inquiridos dizem-se preocupados com as questões ambientais e com as alterações climáticas, sendo que desta fatia, cerca de 14% mostram estar “muito preocupados e 61% a demonstrarem alguma preocupação”.

Destaca-se também, que 54% dos participantes neste estudo, preferem escolher “entre um empregador comprometido com a sustentabilidade e um que não o seja”. Verifica-se que, apenas 3% dos inquiridos dizem não ter em consideração este fator no momento em que se candidatam a um certo trabalho.

Em contrapartida, cerca de 69% dos participantes “continua a percecionar que as empresas comprometidas com a proteção ambiental representam uma minoria”. O comunicado chama a atenção para a necessidade de as empresas necessitarem de criar e realizar ações concretas, pois só assim conseguirão obter reconhecimento junto dos consumidores.

Segundo o comunicado da Paribas, “se é um facto que os consumidores não acreditam facilmente nas medidas de responsabilidade social que muitas vezes as empresas declaram cumprir, é igualmente verdade que os cidadãos estão mais capazes de distinguir green washing dos compromissos autênticos das empresas”.

Finalmente, a investigação comprova que é um entrave para as empresas francesas em Portugal, concretizar a transição ecológica, pois os hábitos e costumes são um dos maiores entraves. Adicionalmente, “a burocracia associada a estes processos, a complexidade da estrutura e a falta de apoio do Estado”, constituem “barreiras que precisam ainda ser ultrapassadas”.