Foi nesta terça-feira, 16 de novembro, que o governo confirmou a proposta de atualização do salário mínimo nacional, sendo de 705 euros para o ano de 2022, isto de acordo com documentação distribuída aos parceiros sociais da Comissão Permanente de Concertação Social.
Segundo o jornal Dinheiro Vivo, até 2021, o crescimento do salário foi de 32%, sendo que, e como refere o documento, a retribuição mínima mensal garantida terá no próximo ano, e desde 2015, um crescimento de 39,6%, ou de 200 euros.
O documento indica ainda que em junho deste ano, cerca de 880 mil trabalhadores recebiam o valor do salário mínimo em Portugal, correspondente a um quarto (24,6%) dos trabalhadores por conta de outrem.
Avaliando por setores, o salário mínimo tem um maior foco no serviço doméstico e na atividade de produção das famílias para uso próprio, registando 45,4%; de seguida as atividades turísticas durante o verão apresentam 45,3%; na agricultura, esta desce para 44% e por último encontram-se o setor imobiliário com 35,2% e a construção com uma percentagem de 34,6%.
A documentação distribuída aos parceiros sociais refere ainda: “Globalmente, e apesar do caminho de convergência iniciado na anterior legislatura, se isolarmos o período extraordinário de 2022 – onde se verificou uma quebra abrupta do PIB e uma resiliente manutenção das remunerações, em parte devido ao forte apoio público à manutenção de emprego – o peso dos rendimentos salariais no PIB ainda não terá recuperado para os níveis observados no início da década de 2010”.
Em 2009, anteriormente ao período da crise, o peso dos salários no PIB rondava aproximadamente os 48%, e a ligeiras décimas do indicador europeu.