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BrandHero
Lucas Villanueva, cofundador e COO da BrandHero (Foto: Divulgação)

“Queremos chegar às 40 marcas e 200 trabalhadores” – Lucas Villanueva

Por: Margarida Duarte

A BrandHero é uma empresa de e-commerce e tem como objetivo adquirir e desenvolver micromarcas digitais com alto potencial de crescimento. Fundada em agosto do ano passado, esta conseguiu atingir valores positivos em apenas um mês de vida.A PME Magazine quis saber mais sobre os investimentos da empresa com sede em Lagos, no Algarve, e o que a difere de outras empresas de e-commerce, numa entrevista com Lucas Villanueva, cofundador e COO da BrandHero.

 

PME Magazine (PME Mag.) – Como surgiu a ideia de criar a BrandHero?

Lucas Villanueva (L.V.) – A ideia inicial surgiu antes deste boom de agregadores da Amazon. Carsten Bang Jensen, CEO, e Jesper Birch, CTO, idealizavam comprar pequenos negócios e torná-los em negócios milionários. Com o rápido crescimento de empresas FBA , este modelo de negócio tornou-se mais aliciante e, após um pequeno atraso causado pela pandemia, finalmente em agosto de 2021, Carsten Bang Jensen e Jesper Birch, responsáveis pelo recente sucesso da Outpost24, avaliada em mais de 500 milhões de euros, Heini Zachariessen, fundador e diretor executivo do unicórnio de e-commerce global Vivino, e eu, com 10 anos de experiência a trabalhar para a Amazon como uma das pessoas encarregues de desenvolver o conceito de empresas FBA na Europa, decidimos avançar com a fundação da empresa.

PME Magazine (PME Mag.) – Tendo a empresa sido criada relativamente há pouco tempo, como conseguiram alcançar um nível financeiro positivo? Isto porque em agosto fundaram a BrandHero e passado um mês aumentaram o valor da empresa para 50 milhões de euros.

Lucas Villanueva (L.V.) – O mundo de e-commerce é gigante e está em constante crescimento, cada vez existem mais empresas a começar a vender online. A BrandHero tem um modelo de negócio forte, com um potencial de crescimento rápido muito grande, algo que é bastante importante para investidores.

PME Mag. – O que difere a BrandHero de outras empresas de e-commerce?

L.V. – A BrandHero é uma versão moderna de um agregador da Amazon, o que é um conceito bastante recente na Europa e quase desconhecido em Portugal. Em suma, compramos micro negócios online bem-sucedidos, por norma negócios FBA  com intenção de os otimizar e escalar. Diferenciamo-nos dos outros agregadores em vários aspetos, entre eles na flexibilidade de propostas que fazemos aos proprietários de negócios que queremos adquirir; e pelo foco que temos nas skills e talento que contratamos.

A empresa foi fundada por empreendedores bastante experientes em e-commerce e em startups de crescimento rápido. Adquirimos, recentemente, também a empresa líder europeia de marketing na Amazon, a Amazing Agency, para nos ajudar a escalar todas as marcas que adquirimos.

PME Mag. – De que forma interagem com outras empresas para conseguirem parcerias e posteriormente adquirirem as mesmas?

L.V. – Com criatividade. Não existe apenas um modo ou processo para conseguir encontrar e contactar os proprietários dos negócios que nos interessam, por vezes temos de ser criativos para conseguir captar a atenção dos mesmos.

PME Mag. – Que objetivos têm para a BrandHero em Portugal?

L.V. – Em Portugal temos planos de crescer muito. Temos a nossa sede em Lagos, no Algarve, e estamos neste momento à procura de um escritório maior para podermos contratar muitos mais talentos. Pretendemos, também, abrir um escritório de coworking em Lisboa para pessoas que não tenham possibilidades de se mudar para o sul do país. Temos várias parcerias com as maiores universidades de Portugal, de modo a dar oportunidade a jovens que procurem ingressar no mercado de trabalho.

PME Mag. – Quais são as características principais que um trabalhador deve ter para fazer parte da empresa?

L.V. – Procuramos talento e vontade de aprender e crescer, gostamos de pessoas divertidas e criativas. Todos os dias aprendemos e ensinamos coisas novas uns aos outros. A experiência pode ser importante para alguns cargos, mas, regra geral, é secundária.

PME Mag. – Que previsões têm para  2022?

L.V. – À medida que vamos comprando mais marcas, as necessidades de contratar vão proporcionalmente aumentando. Queremos chegar às 40 marcas e 200 trabalhadores globalmente até ao final de 2022.