A Repsol investe 657 milhões de euros para ampliar o seu Complexo Industrial de Sines, ficando assim alinhada com os objetivos estabelecidos no Acordo de Paris e com a transição energética. Este é o maior investimento industrial realizado em Portugal nos últimos dez anos.
A empresa multinergética internacional Repsol investe 657 milhões de euros para expandir a sua gama de produtos e o seu Complexo Industrial de Sines, tornando-o um dos mais avançados da Europa graças à sua flexibilidade, ao seu elevado grau de integração e pela sua competitividade.
Este investimento compreende a construção de duas novas fábricas – fábrica de polietileno linear (PEL) e a fábrica de polipropileno (PP) – capazes de produzir cerca de 300 000 toneladas por ano. As tecnologias utilizadas para as fábricas garantem a máxima eficiência energética, e os novos produtos produzido são 100% recicláveis, pelo que podem ser utilizados nas indústrias automóvel, farmacêutica ou agroalimentar.
Segundo o comunicado da empresa, durante o processo de construção serão criados “uma média de 550 empregos diretos, como momentos que poderão chegar a mais de 1000 pessoas”. Quando as fábricas já estiverem em funcionamento, espera-se a criação “de cerca de 75 empregos diretos e 300 empregos indiretos”.
Para além disso, a empresa garante que todos os postos de trabalho serão mantidos, o que demonstra “o empenho da Repsol em atrair e reter talentos”.
Josu Jon Imaz, CEO da Repsol, afirma que “este investimento demonstra o empenho da Repsol no seu complexo industrial em Portugal”, reiterando que “a Companhia está empenhada no desenvolvimento industrial, que permite a transição energética, ao mesmo tempo que cria riqueza e emprego de qualidade”.
Com este investimento e tendo em conta a localização estratégica da ZILIS – Zona Industrial e Logística de Sines, a proximidade ao porto de Sines e a criação de novas instalações logística, vai ser possível para a organização “desenvolver mais sinergias na área industrial, melhorar a conexão ao mercado europeu, e reduzir a pegada de carbono do transporte dos produtos”.
Assim, o novo projeto está alinhado com a estratégia definida no Acordo de Paris e permitirá à Repsol tornar-se “uma empresa de emissões líquidas zero até 2050”. Com esses objetivos em vista, o Governo “considerou este projeto como sendo de potencial interesse nacional (PIN) e contratou incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros”.
De acordo com o plano estratégico 2021-2025 da empresa, este prevê um investimento total na ordem dos 18 300 milhões de euros entre 2021 e 2025 e “numerosas ações para desenvolver a sua atividade industrial”.
Adicionalmente, a Repsol já se encontra em processo de transformação, passando os seus complexos industriais para centros multienergéticos, “equipando-os com as mais recentes tecnologias que lhes permitem descarbonizar os seus processos, através da melhoria da eficiência energética, do impulso da economia circular, da produção de hidrogénio verde e incremento da utilização e captura de CO2”.