Um inquérito recente da consultoria global de recrutamento Robert Walters deu a conhecer que 71% dos trabalhadores estariam dispostos a abrir mão do trabalho social e das relações com os colegas, em favor de uma semana de trabalho de 4 dias.
O inquérito foi efetuado a mais de 3.000 profissionais de diversos países da Europa, incluindo Portugal, e destaca o “lado não tão atraente” da semana de 4 dias para os empregadores, com os relacionamentos no escritório sendo as mais atingidas.
François-Pierre Puech, diretor da Robert Walters Portugal, referiu que “os locais de trabalho estão a acostumar-se com o trabalho híbrido e estão cada vez a ver mais rostos no escritório – com isso veio uma explosão de energia, colaboração, criatividade e produtividade. É um leve pontapé inicial ouvir que uma iniciativa progressiva de bem-estar, como uma semana de 4 dias, pode ter um impacto tão prejudicial na cultura do local de trabalho e nas relações comerciais”.
“Com os testes de 4 dias a serem tão novos para muitas organizações, o impacto de longo prazo é difícil de determinar – mas com 71% dos profissionais dispostos a abrir mão de relações sociais e comerciais, as empresas devem estar cientes de que a má cultura corporativa pode custar caro à economia”, revelou.
De acordo com as descobertas da Robert Walters, 91% dos profissionais gostariam que o seu empregador implementasse uma semana de 4 dias – uma semana que lidera a pesquisa sobre as vantagens mais desejáveis ao se candidatar a um emprego -, com 49% a afirmar que isso os atrairia mais numa descrição de emprego, seguido pela capacidade de trabalhar de qualquer lugar (35%).
O inquérito revelou ainda que apenas 15% dos profissionais afirmaram que aceitariam um aumento salarial de 10% a 15% em relação à opção de uma semana de 4 dias.