Por: Diana Mendonça
O Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) “repudia” e “lamenta” a decisão da TAP de recorrer a técnicos de manutenção de empresas externas, quando tem processos de despedimento em curso.
Alguns dos técnicos de manutenção das empresas externas são técnicos que foram despedidos pela TAP e que poderiam estar ao serviço dentro da companhia, denuncia a estrutura sindical.
O SITEMA recorda que, em julho, os 666 técnicos de manutenção de aeronaves (TMA) da TAP representados pelo SITEMA aceitaram a proposta da companhia para regressar ao regime de horário full time, terminando com a greve às horas extraordinárias.
“Os TMA veem, por isso, como uma traição o recurso a empresas externas para realizarem o trabalho de manutenção que podia estar a ser prestado dentro da companhia, poupando centenas de milhares de euros à TAP, ao Estado e aos contribuintes”, refere o SITEMA em comunicado.
Ao enviar trabalho para as empresas exteriores à companhia, o SITEMA está preocupado com a imagem que a TAP está a passar no setor de aviação: “Com esta situação, a TAP acaba por perder de duas formas: perde receita importante com a recusa de trabalhos para terceiros e perde com o pagamento que faz as empresas onde contrata trabalho que antes realizava na TAP”.
O SITEMA classifica a atitude da TAP como contraditória, uma vez que a companhia aérea está a levar a cabo um processo de despedimento de TMA, mas recorrem à contratação de técnicos externos à empresa.
Contudo, o SITEMA revela que está “disponível para fazer parte da solução para que a TAP continue a ser considerada uma companhia de excelência”, mas assegura que nunca “deixará que o bom nome dos TMA seja posto em causa e tudo fará para que se reponham as condições de trabalho que lhes são devidas”.