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Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves
Presidente do SITEMA, Paulo Manso, classifica a atitude da TAP como contraditória (Foto: Divulgação)

SITEMA lamenta que TAP recorra a técnicos de empresas externas de manutenção

Por: Diana Mendonça

O Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) “repudia” e “lamenta” a decisão da TAP de recorrer a técnicos de manutenção de empresas externas, quando tem processos de despedimento em curso.

Alguns dos técnicos de manutenção das empresas externas são técnicos que foram despedidos pela TAP e que poderiam estar ao serviço dentro da companhia, denuncia a estrutura sindical.

O SITEMA recorda que, em julho, os 666 técnicos de manutenção de aeronaves (TMA) da TAP representados pelo SITEMA aceitaram a proposta da companhia para regressar ao regime de horário full time, terminando com a greve às horas extraordinárias.

“Os TMA veem, por isso, como uma traição o recurso a empresas externas para realizarem o trabalho de manutenção que podia estar a ser prestado dentro da companhia, poupando centenas de milhares de euros à TAP, ao Estado e aos contribuintes”, refere o SITEMA em comunicado.

Ao enviar trabalho para as empresas exteriores à companhia, o SITEMA está preocupado com a imagem que a TAP está a passar no setor de aviação: “Com esta situação, a TAP acaba por perder de duas formas: perde receita importante com a recusa de trabalhos para terceiros e perde com o pagamento que faz as empresas onde contrata trabalho que antes realizava na TAP”.

O SITEMA classifica a atitude da TAP como contraditória, uma vez que a companhia aérea está a levar a cabo um processo de despedimento de TMA, mas recorrem à contratação de técnicos externos à empresa.

Contudo, o SITEMA revela que está “disponível para fazer parte da solução para que a TAP continue a ser considerada uma companhia de excelência”, mas assegura que nunca “deixará que o bom nome dos TMA seja posto em causa e tudo fará para que se reponham as condições de trabalho que lhes são devidas”.