A startups estão a mudar o tecido empresarial português, com empresas mais jovens, de menor dimensão, mas mais empregadoras e exportadoras.
Segundo uma análise levada a cabo pela Informa D&B, em 2015, 11,6% das startups exportavam no primeiro ano de vida, mais do que a percentagem de empresas que vendem para o estrangeiro em todo o tecido empresarial (11,1%).
Já no que toca ao emprego, entre 2007 e 2014, as startups foram responsáveis por um quinto do novo emprego em todo o tecido empresarial, num total de 18%.
“Se às startups acrescentarmos as empresas até aos cinco anos de idade, a percentagem sobe para os 46%”, adianta a Informa D&B.
O tecido empresarial também está mais jovem, com as empresas até cinco anos de idade a representarem, no final de 2015, quase um terço de todas as empresas nacionais.
Os Serviços e Retalho continuam a ser os setores onde nascem mais empresas, mas destaca-se ainda um aumento no nascimento de empresas tecnológicas.
“Pela primeira vez no tecido empresarial português foram constituídas mais de mil novas empresas tecnológicas (1032) num período de 12 meses (Abril’16-Mar’17)”, refere a consultora.
35 mil empresas nascem por ano
Lisboa voltou, em 2016, a ser a região com maior percentagem de novas empresas (37%).
Em média, são criadas 35 mil empresas por ano e outras organizações por ano, mas nem todas têm o mesmo destino: um terço das startups fica pelo caminho no primeiro ano de vida e, das que sobrevivem, 53% chega ao terceiro ano e apenas 42% chega à idade adulta. Ao oitavo ano de atividade, apenas um terço persiste.
Só no ano passado, foram criadas 37.248 empresas e outras organizações, ainda assim, menos 1,9% do que em 2015.