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Inflação
Inflação sobe 4,2% em fevereiro (Foto: Pexels)

Subida de preços dos serviços em Portugal aumenta entre 10% e 15%

A análise de Fixando ao comportamento de mais de 50 mil prestadores de serviços inscritos na aplicação que liga a especialistas de todos os serviços revela que a crise dos combustíveis se irá refletir na subida dos preços dos serviços em Portugal, na ordem dos 10 a 15%.

Noutra perspetiva, este ajustamento em alta, revela um aumento dos preços que já se vinha a verificar em todo o mercado nacional como consequência da retoma económica e do crescimento da procura no pós-confinamento. Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, explicou: “A escalada do preço dos combustíveis tem preocupado várias atividades económicas e o setor dos serviços irá reagir com aumentos de preços por forma a compensar o aumento da despesa em energia e deslocações”.

Não obstante, a mesma fonte revelou que mantendo-se a escassez de matérias-primas na construção e na assistência técnica, assim como o constante aumento no preço dos combustíveis, é esperada uma subida dos valores praticados na ordem dos 15%.

Segundo a análise da Fixando, áreas, como serve de exemplo as remodelações, assistências técnicas e eventos, são as mais afetadas, já que requerem diretamente deslocações. O catering, as reparações, as remodelações, trabalhos de eletricistas e de canalizadores, serão setores em que os clientes irão notar mais rapidamente o efeito desta conjuntura.

No que respeita os canalizadores, que em média cobram 50 euros por deslocação em Lisboa e no Porto, assistir-se-á a um aumento de cinco euros, uma subida considerável. “Uma subida de preços vai traduzir-se numa inevitável diminuição da contratação de serviços, ainda para mais considerando que as famílias também estão a ser fustigadas pelo aumento do preço dos combustíveis. Mas a alternativa será uma redução das margens de lucro num setor com muitos prestadores de serviços que ainda não recuperaram por completo do impacto da pandemia”, sublinhou a Fixando.

Segundo o estudo, alerta-se que esta crise só venha confirmar que ainda é prematuro falar de recuperação em setores como o dos eventos, onde, apesar do volume de negócios do mês de setembro ter permitido ultrapassar, a três meses do final do ano, a faturação total de 2020, uma desaceleração na procura ou uma quebra nas margens de lucro terão graves consequências num setor que tem estado parado ou a funcionar a meio-gás há já alguns meses.