Por: Filipa Ribeiro
Adepta da produção e do consumo responsável, a Oceania Eco-Innovations desenvolveu um material cujo intuito é substituir as opções de plástico descartável no mercado. O objetivo, garante o CEO, Manuel Carvalhosa, não é só reduzir o uso daquele que é uma das maiores ameaças para o planeta, como também diminuir a sua circulação nos oceanos.
Foi em 2019 que Manuel Carvalhosa, juntamente com a sua parceira, decidiu começar a investigar novas soluções ecológicas para substituir os sacos tradicionais de polietileno e polipropileno. “Sou uma pessoa muito ligada ao mar e comecei a perceber o problema do plástico nos oceanos e como isso afetava a fauna marinha. Houve um dia em que vi o documentário “Plastic Paradise: The Great Pacific Garbage Patch”, e fiquei em choque com as ilhas que são formadas por todos os tipos de plásticos provenientes dos continentes e dos descartes de navios”.
A cada minuto é usado, aproximadamente, um milhão de sacos de plástico, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, e Portugal está na lista dos países que mais os utiliza. Sensibilizada pelo problema e incentivada pela inovação, a Oceania desenvolveu os sacos hidrossolúveis, uma nova alternativa aos sacos tradicionais.
Começou pela ráfia natural e pelo amido de milho, mas rapidamente percebeu que não eram soluções tão sustentáveis. Até que encontrou o PVA (álcool polivinílico), também usado para revestir as pastilhas da máquina de lavar a loiça, uma matéria hidrossolúvel com características únicas em versatilidade e fabrico. “O PVA é uma resina sintética fabricada com características hidrofílicas, ou seja, é atraído por água para a sua deterioração, é biodegradável e compostável”, explica o fundador da empresa, Manuel Carvalhosa.
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