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Trabalho temporário
Em 2021 houve um total de 388.230 colocações de trabalho temporário (Foto: Pixabay)

Trabalho temporário sobe 14% em 2021

A Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH) e o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), divulgaram os Barómetros do Trabalho Temporário relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2021. Em 2021 houve um total de 388.230 colocações de trabalho temporário, um crescimento de 14% em comparação com 2020, quando se registaram 341.540 contratações anuais.

Na análise realizada pelas instituições, verificou-se uma estabilização nas colocações de trabalho temporário no final de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, com ligeiros aumentos de mais 2.250 pessoas em outubro (+7%); 1.540 pessoas em novembro (+4%) e 300 pessoas em dezembro (+1%).

Ao nível da distribuição etária, os Barómetros registaram um aumento da idade média dos colocados acima dos 30 anos, nos últimos três meses do ano, que subiu de 52,3% em setembro para 53,7% em dezembro tendo este valor descido, em agosto contando 51,7% de colocados com mais de 30 anos, numa altura em que se verificou mais contratação de jovens.

No setor da educação, o ensino básico mantém-se como o nível de escolaridade predominante nas colocações registando 67% a 68% no último trimestre do ano 2021, seguido pelo ensino secundário com cerca de 25% dos colocados

No setor da restauração as empresas de “fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições” sobem de segundo para primeiro lugar no último trimestre de 2021 (cerca de 9%).

Já as empresas de “fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” passam para segundo lugar e continuam a baixar em relação aos trimestres anteriores, representando cerca de 7% a 9% (no 1º trimestre representavam cerca de 14%), como registam os barómetros realizados pela APESPE-RH e pelo ISCTE.

“A recuperação global registada nas contratações em 2021 é positiva, no entanto temos de considerar que a comparação é feita com 2020 e esse foi um ano difícil. Apenas a partir de meados de 2020 é que se verificou uma recuperação e um crescimento desde que se sentiram os efeitos da pandemia. Ou seja, apesar de tudo, estamos ainda com valores de contratação abaixo de 2019 e o mercado de Trabalho Temporário necessita ainda de estabilizar, nesta nova fase de reabertura total das atividades, sem restrições”, afirmou o presidente da presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH), Afonos Carvalho, em comunicado.