Domingo, Novembro 24, 2024
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Tropas russas invadem Kiev; Biden ameaça Moscovo com sanções “devastadoras” do G7

O Ministério da Defesa da Ucrânia avançou, através da rede social Twitter, que um grupo de militares russos já entraram em Kiev, na zona residencial de Oblon que fica localizada a cerca de dez quilómetros da capital. Entretanto, o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, ameaçou a Rússia com sanções “devastadoras” do G7 caso decida continuar com a investida armada sobre a Ucrânia.

“Esta manhã, reuni com meus colegas do G7 para discutir o ataque injustificado do presidente Putin à Ucrânia e concordamos em avançar com pacotes devastadores de sanções e outras medidas económicas para responsabilizar a Rússia. Estamos com o bravo povo da Ucrânia”, escreveu Joe Biden na rede social Twitter.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenskii, revelou aos cidadãos que permanece na sede do governo em Kiev, apesar de as tropas russas já estarem na capital do país e que têm o Chefe de Estado como “alvo número 1”.

“Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo primeiro o chefe de Estado”, disse Zelenskii, num discurso em vídeo transmitido nas primeiras horas desta manhã e divulgado pelo The Washington Post.

O presidente ucraniano disse ainda que os “grupos inimigos” se infiltraram na cidade e que a NATO e a Europa deixaram a Ucrânia sozinha para se defender contra a investida da Rússia.

“Estamos sozinhos na defesa do nosso país. Quem vai lutar ao nosso lado? Para ser honesto, não vejo ninguém”, afirmou Volodimir Zelenskii.

Ainda em divulgação ao The Washington Post, o presidente da Ucrânia confirmou a morte de 137 ucranianos na luta contra o ataque russo no primeiro dia da invasão.

No rescaldo do dia de ontem, a agência de notícias Interfax, avança ainda que 33 zonas civis foram bombardeadas pela Rússia, afirmou o Ministério da Administração Interna da Ucrânia.

“Os russos dizem que não estão a atacar zonas civis. Mas 33 locais foram atingidos nas últimas 24 horas”, disse a agência, citando um funcionário do ministério, Vadim Denisenko. 

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados, prevê que se a situação na Ucrânia continuar a agravar-se, cerca de quatro milhões de pessoas poderão fugir para outros países. Já a Unicef faz uma estimativa de cinco milhões de refugiados e está a reforçar as suas capacidades para ajudar os ucranianos que cheguem à Moldávia, Roménia, Polónia, Hungria e Eslovénia.

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