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Turismo faz aumentar em 45% a faturação através de cartões

Por: Diana Mendonça 

Os negócios portugueses fecharam o primeiro semestre de 2022 com um crescimento acumulado de faturação proveniente de cartões de 45%, face ao ano de 2021, de acordo com os dados da REDUNIQ, sobre a evolução da faturação com cartão alcançadas pelos negócios em Portugal. 

Este crescimento acumulado de faturação é resultante da recuperação da atividade turística em Portugal, segundo a REDUNIQ. Esta retoma trouxe uma melhoria na faturação de cartões estrangeiros. Em junho deste ano, os valores alcançados já eram superiores aos 40% registados em 2019, no pré-pandemia. Desde abril de 2022 que a faturação de cartões estrangeiros representa mais de 20% da faturação total dos negócios. 

A faturação de cartões nacionais também está a evoluir positivamente, em relação a 2021, caminhando para a normalização do comportamento dos portugueses. 

“Com o regresso dos turistas e retoma das atividades associadas ao turismo, existe uma grande expectativa em relação aos resultados dos setores ligados ao turismo – hotelaria, restauração, etc. – e do seu impacto positivo na economia nacional. Depois do INE anunciar que as receitas do turismo ultrapassaram os valores de 2019, os dados da REDUNIQ vêm agora comprovar essa tendência, que acreditamos poder trazer resultados bastante interessantes aquando de uma análise mais fina da faturação obtida durante o Verão”, diz Tiago Oom, diretor comercial da UNICRE.

Os números do primeiro semestre de 2022 revelam que os consumidores estão a regressar às compras aos centros comerciais, sendo que os números das vendas já superaram os valores registados em 2019.

Com a normalização do consumo, as compras nos hiper e supermercados diminuíram 7%. Esta quebra vem na sequência da diminuição do consumo registado em época de pandemia. 

A inflação também provocou alterações no consumo neste último semestre. O valor médio da transação de janeiro para junho passou dos 31 euros para os 34 euros. 

Os dados da REDUNIQ indicam ainda que o consumo recuperou em todos os distritos de forma transversal, contudo, a Madeira e Faro, que têm como atividade basilar o turismo, registaram os maiores aumentos. As regiões de Lisboa e Porto foram as que registaram o aumento mais expressivo no consumo de portugueses (30%) e no consumo de estrangeiros (cerca de 300%). 

Em relação ao consumo, as categorias que se demonstram mais resilientes na pandemia, como os eletrodomésticos e tecnologia, o Hiper&Super, o retalho alimentar tradicional e as farmácias têm crescimentos mais moderados face a 2021. Já as categorias que foram mais impactadas por restrições em 2021, como a hotelaria, as atividades turísticas e a restauração registam aumentos maiores. 

Nas tendências do consumo, o estudo destaca o uso crescente da forma de pagamento contacless. Nos últimos seis meses, cerca de três em cada quatro compras com cartão (74%) foram efetuadas utilizando esta tecnologia.