Apesar do crescimento ser generalizado em quase todas as atividades, os setores ligados ao turismo reforçam a sua contribuição para as novas empresas, em especial nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal. Estes setores são responsáveis por quase 30% do total dos nascimentos e por quase 2/3 do crescimento total das constituições.
Entre janeiro e maio de 2018 nasceram 20 942 empresas e outras organizações ligadas ao Turismo, mais 12,9% do que no mesmo período de 2017, acentuando-se a dinâmica de nascimentos do ano anterior, segundo o barómetro da Informa D&B.
Entre os setores que mais contribuem para as novas empresas, destacam-se os Serviços (mais 792 nascimentos, +13,2%), com a forte contribuição das atividades de animação turística e de agências de viagens; Atividades imobiliárias (mais 568 nascimentos, +37,2%) transversal a todas as regiões, em especial nos concelhos de Lisboa, Cascais e Porto; Construção (mais 408 nascimentos, +25,4%) com maior destaque nos concelhos de Lisboa e Sintra; Alojamento e restauração (mais 274 nascimentos, +12,2%), com a maior contribuição do alojamento, em particular o alojamento mobilado para turistas em especial nos concelhos de Lisboa e Porto, apesar da restauração representar ainda 2/3 do total de nascimentos do setor; e Transportes (mais 271 nascimentos, +56,0%) em particular as atividades de transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, que mais que duplicou nos primeiros 5 meses de 2018, nomeadamente nos concelhos de Lisboa e Almada.
Em sentido contrário aos restantes setores, a Agricultura, pecuária, pesca e caça registou uma descida nas constituições (menos 370 empresas, -37,3%), transversal a todas as regiões, mas com especial impacto na região do Alentejo.
Encerramentos
Os encerramentos registados nos primeiros cinco meses de 2018 (6 046) subiram face ao período homólogo (+5,9%) com a forte contribuição dos meses de abril e maio.
Novas insolvências
Nas novas insolvências (1 080), o ciclo de descida iniciado em 2013 mantém-se nos cinco primeiros meses de 2018, mas de forma menos acentuada.
Comportamentos de pagamento
Em maio, a percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos acordados (15,1%) atingiu o valor mais baixo desde 2007, sendo transversal a todos os setores e regiões. Este indicador está em queda desde setembro de 2017. O atraso médio de pagamento situa-se nos 26 dias, valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses: mais de 2/3 das empresas pagam com um atraso até 30 dias. O mesmo não acontece no setor público.
Dinâmica empresarial
(acumulado maio 2018) |
Variação | |
período homólogo 2017 | últimos 12 meses | |
Nasceram 20 942 empresas e outras organizações | +12,9% | +12,7% |
Encerraram 6 046 empresas e outras organizações | +5,9% | -4,6% |
Iniciaram-se 1 080 processos de insolvência de empresas e outras organizações | -10,4% | -11,8% |
Fonte: Informa D&B
Dinâmica setorial (acumulado maio 2018) | |
Onde nascem mais empresas | Serviços, com 6 793 nascimentos, Alojamento e restauração com 2 518 e Retalho com 2 464. |
Onde encerram mais empresas | Serviços, com 1 489 encerramentos e Retalho com 1 076 |
Onde mais cresce o número de constituições* | Serviços (mais 792 nascimentos, +13,2%), Atividades imobiliárias (mais 568 nascimentos, +37,2%), Construção (mais 408 nascimentos, +25,4%), Alojamento e restauração (mais 274, +12,2%) e Transportes (mais 271 nascimentos, +56,0%) |
Onde mais decresce o número de constituições* | Agricultura, pecuária, pesca e caça (menos 370 nascimentos, -37,3%) |
Nota sobre insolvências: entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. O Barómetro INFORMA D&B considera os processos de insolvência de pessoas coletivas. Este Barómetro não analisa os processos de insolvência de empresários em nome individual, de profissionais liberais, ou de particulares.PME