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Serviço Uber Boat já existem em outros países da Europa. Foto: Distribuição

Uber Boat: a nova forma de passar para a outra margem do Tejo

Por: Mariana Barros Cardoso

A Uber Boat é um serviço da plataforma digital Uber que atua já noutros países da Europa, como a Croácia, mas também na Nigéria e Índia.

Turismo de Lisboa, Uber e táxis associados ao Turismo de Lisboa têm interesse em fazer “a ponte” marítima de passageiros entre as margens do Tejo. Com o objetivo de utilizar as infraestruturas marítimas a ideia faz com que seja possível o transporte de passageiros em pequenas embarcações, sem hora marcada, seja como meio de transporte público, privado, turístico, de lazer, coletivo ou individua.

Um projeto com apetite de tecnologia que advém do projeto de criação – Rede Cais do Tejo – apesentado esta quarta-feira, dia 8 de janeiro, em Lisboa e que causará a reabilitação de treze pontos de acostagem em cinco concelhos ribeirinhos.

Em declarações ao Expresso, fonte oficial da Uber avança ter sido contactada pela ATL – Associação de Turismo de Lisboa – enquanto responsável por apresentar uma proposta à CML – Câmara Municipal de Lisboa – até março deste ano, “para uma avaliação preliminar do serviço no âmbito do projeto de implementação de uma rede de transportes fluviais no Tejo”, explicando ainda que “é uma plataforma tecnológica que quer integrar várias modalidades de transporte”, embora o “o sucesso do projeto depende essencialmente da sua atratividade para os operadores marítimo-turísticos”.

Teresa Leal Coelho, vereadora da CML garante à agência Lusa que a plataforma digital, Uber, demonstrou que esta disponível para criar a plataforma para este serviço, explicando que será um desenvolvimento “simples”, pois “o modelo está criado” e resta assim, “adaptá-lo para os transportes fluviais.”. Para além da Uber há plataformas de táxis que demonstram interesse na prestação deste serviço e conta que “também já tivemos manifestação de interesse de plataformas de táxis e depois serão aqueles que se vão inscrever com as suas próprias embarcações.”.

Será o Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa a financiar o projeto resultando das taxas turísticas e do orçamento do Turismo de Lisboa.

Com quatro cais principais previstos em Belém, Parque das Nações, Montijo e Cacilhas o projeto estende-se ao Cais da Marinha, Cais do Gás, Alcântara, Ginjal, Trafaria, Porto Brandão, Seixal e Barreiro.

O diretor da ATL, Vítor Costa, conta que os associados do Turismo de Lisboa estão interessados a “vários níveis” visto serem “projetos de desenvolvimento das operações ou de passeios ou de táxis-barco. Já há algumas ideias, mas nós [ATL] aqui não estamos a entrar num negócio. A nossa competência não é essa. A nossa intenção é criar condições para que os projetos se desenvolvam. São as empresas que vão fazer”.

Vítor Costa conclui que “Aquilo que nós aqui estamos a ganhar é massa crítica. É utilizar [uma infraestrutura] por todos um pouco, como – mal comparado, dada a dimensão – um slot no aeroporto, em que uma pista não é usada só por uma companhia, mas por todas. É isso que nós vamos fazer. Isso dá uma capacidade muito maior e baixa o custo de utilização.”.