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Rui Cruz, diretor de projeto da Opensoft (Foto: Divulgação)
Rui Cruz, diretor de projeto da Opensoft (Foto: Divulgação)

Um top-5 das tendências tecnológicas a observar em 2023

Por: Rui Cruz, diretor de projeto da Opensoft

A menos que tenha passado os últimos meses alheio/a dos títulos dos media um pouco por todo o mundo, saberá que 2022 foi profundamente desafiante para a maior parte das empresas desta área. Ciberataques, a inflação e a intensa procura por talento foram algumas das causas que tornaram o pós-pandemia ainda mais imprevisível depois de tantos meses de disrupção.

A antecipação de mais um ciclo leva-nos a ponderar sobre o que nos reserva o futuro próximo. A meu ver, algumas oportunidades e tendências apresentam-se como boas candidatas a estar na mira dos gestores e suas equipas. Eis o meu top-5 de tendências tecnológicas para 2023.

O termo “remoto” entrou no nosso vocabulário para ficar e, no caso dos fornecedores de serviços, investir no lançamento de soluções novas vai, cada vez mais, passar por respostas à distância, eficientes e seguras, que resolvam necessidades essenciais do quotidiano. Potenciar os serviços à distância continuará a ser crucial, nomeadamente, para a digitalização do atendimento público, um indicador relevante para o Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade.

Em 2023, as iniciativas de transformação digital vão cimentar um percurso iniciado durante a pandemia, quando a urgência de criação de alternativas aos modelos de operação existentes até então conduziu à adaptação rápida das empresas, implicando investimentos e iniciativas que poderão criar mais valor se foram estendidos e consolidados. Neste capítulo, tanto a inteligência artificial como os sistemas que tiram o melhor partido dos dados gerados pelas organizações irão ajudar a alavancar a transformação digital e ganhos de competitividade.

Nas prioridades dos responsáveis vai constar também a necessidade de confiança nos sistemas. Processos que privilegiam a segurança das operações e dos dados vão continuar a ser uma das formas de mitigar vulnerabilidades e prevenir ataques. Antecipo que novas estratégias de comunicação contínua com os utilizadores para o uso das ferramentas digitais e as melhores práticas de desenvolvimento aplicacional, assentes em metodologias ágeis e em políticas de desenvolvimento seguro, serão fundamentais para as estratégias que visam mitigar os ciberataques que tantas fragilidades expuseram em 2022.

Para as empresas será diferenciador a avaliação contínua das áreas mais críticas dos seus sistemas de informação e desenvolvimento de planos de geração de novas soluções, adaptadas à realidade emergente. No próximo ano, as empresas terão foco especial na eficiência para manterem a competitividade dos seus negócios através da utilização de tecnologia. A retenção de talento nas áreas tecnológicas e a cooperação desse talento com o das equipas comerciais e de operações será um investimento que poderá ser crítico para melhoria da sua competitividade.

Por último, mas não menos importante, os próximos meses serão marcados por uma aposta ainda mais vincada na sustentabilidade – a todos os níveis. A tecnologia vai, cada vez mais, ser usada para resolver problemas e as preocupações de caráter ambiental vão ganhar um relevo cada vez maior. Neste sentido, as empresas procurarão contemplar soluções tendo em vista não só a sua sustentabilidade interna, pela
redução da sua pegada ambiental por exemplo, mas igualmente a dos seus clientes e fornecedores, no sentido de se atingir uma otimização transversal a toda cadeia.

Acredito que, em 2023, vamos continuar a viver num ambiente de instabilidade e incerteza, razão pela qual vai ser tão importante as empresas pensarem em estratégias digitais, focadas na competitividade dos seus negócios. Investir em processos de transformação digital para criar valor aos clientes, otimizar processos, gerar eficiências e privilegiar a segurança vão ser fatores determinantes para o sucesso – ou fracasso – até dos maiores players tecnológicos.