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Ricardo Parreira colabora pontualmente com a PME Magazine (Foto: Divulgação)

Até onde é possível gerir uma equipa sem tecnologia?

Por: Ricardo Parreira, CEO da PHC Software

A discussão sobre “as pessoas” está cada vez mais na ordem do dia das empresas. Mas não é possível pensar as pessoas numa empresa sem refletir sobre a transformação da relação e comunicação com os restantes membros da equipa.

Como já referi por diversas vezes, todos os negócios estão a transformar-se em negócios de software e não é possível gerir uma empresa de forma eficaz sem ter em conta as vantagens competitivas que a tecnologia nos traz. Seja pela rapidez, a facilidade de acesso ou a melhoria de produtividade, os ganhos são indiscutíveis. No entanto, na gestão de equipas esse fator é tão ou mais verdadeiro.

No passado mês de outubro tive o privilégio de estar novamente em Boston na conceituada conferência Business of Software, onde todos os anos se reúnem os principais líderes das maiores empresas de software de todo o mundo. E o que esta conferência teve de tão especial? A certeza que o software está a expandir-se para todas as áreas das empresas, com um foco muito particular sobre a questão vital da necessidade da tecnologia para ter equipas motivadas, produtivas e com capacidade de resposta.

O software de gestão é hoje integrado com a produtividade no local de trabalho com possibilidades colaborativas que não tinham sido vistas na história da humanidade. E é neste sentido que a liderança é fundamental para o sucesso de uma equipa: um líder tem de aproveitar o potencial tecnológico, mudar a mentalidade e combater a resistência há transformação digital.

Se tradicionalmente pensamos na liderança a partir das suas componentes humanas – que são fulcrais para o sucesso de uma equipa – hoje, um líder deve compreender que o lado humano é exponencialmente potenciado pela tecnologia. Aqueles que tirarem o melhor partido dela, terão equipas mais capazes para enfrentar os desafios que se apresentam no horizonte de uma gestão moderna cada vez mais tecnológica e que não vive sem velocidade.

Nesse aspecto, coloca-se a questão: como podem as empresas preparar os seus líderes para esta nova era digital?

Uma cultura de liderança na era da transformação digital existe que se esteja atento a três novos pontos fundamentais:

  1. Os líderes devem perceber o potencial libertador que a tecnologia tem na liderança das suas equipas e na produtividade das pessoas. Um líder que não compreenda que a gestão está a mudar e está intrinsecamente ligada ao software terá muita dificuldade a adaptar-se a esta nova era da atividade empresarial;
  2. Os líderes devem ser embaixadores digitais do software de gestão nas suas equipas, explicando e incentivando a nova mentalidade da tecnologia enquanto ferramentas que tornam as equipas mais competitivas e preparadas para resolver os desafios das empresas modernas. Um líder nada consegue fazer se as pessoas que lidera não percebam e tirem partido da transformação que está a acontecer na gestão;
  3. Os líderes devem tirar o partido do potencial do software para terem maior sucesso. Acesso à gestão em qualquer dispositivo e lugar permite decidir melhor e quando o trabalho das suas equipas está no software, torna-se fácil aprovar, aconselhar e dialogar com as pessoas num local que centraliza a informação que necessita.

O que se espera de um líder na nova geração de gestão? Que continue a desenvolver as competências que a liderança tem estudado há décadas e lhe acrescente as que são fundamentais para a gestão moderna. Os líderes empresariais têm hoje este papel de compreender, explicar e colocar em prática a cultura e a nova mentalidade de gestão. O software está a tomar conta do mundo e a liderança não foge à regra.