A União Europeia (UE) decidiu, esta quarta-feira, excluir sete bancos russos do sistema internacional de comunicações bancárias SWIFT, decisão que foi acordada com os Estados Unidos da América e o Reino Unido na sequência das sanções aplicadas à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia.
Esta medida irá entrar em vigor no dia 12 de março, o que vai condicionar a Rússia no seu financiamento para a guerra com a Ucrânia. Os bancos abrangidos são o VTB, o segundo maior banco russo, o Banco Otkritie, o Novikombank, de finanças industriais, o Promsvyazbank, o Rossiya Bank, o Sovcombank e o VEB (banco de desenvolvimento do regime), segundo a lista que foi publicada esta quarta-feira no Jornal Oficial da UE.
Os bancos Sberbank, o maior banco da Rússia, e o Gazprombank, os braços financeiros do gigante dos hidrocarbonetos, não são abrangidos pela exclusão do sistema SWIFT.
O executivo comunitário refere que, “em função do comportamento da Rússia, a Comissão está preparada para acrescentar outros bancos russos a curto prazo”.
Já Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão afirmou que “à velocidade da luz, a União Europeia adotou três vagas de pesadas sanções contra o sistema financeiro russo, as suas indústrias de alta tecnologia e a sua elite corrupta”.
“Este é o maior pacote de sanções da história da nossa União. A decisão de hoje de desligar os principais bancos russos da rede SWIFT irá enviar mais um sinal muito claro a Putin e ao Kremlin”, acrescentou.
Esta nova medida só irá entrar em vigor dia 12 de março para permitir “à SWIFT e a outros operadores um breve período de transição para implementar a decisão, mitigando assim quaisquer possíveis impactos negativos para as empresas e mercados financeiros da UE”, avança a Comissão Europeia.
O sistema financeiro SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Communications) faz movimentações diárias na ordem dos milhares de milhões de dólares em mais de 11 mil bancos e outras instituições financeiras no mundo inteiro.