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automóveis matriculados
Regista-se uma descida de 32,7% em comparação com 2019 (Foto: Pexels)

180.277 automóveis matriculados em 2021, mais 1,9% do que em 2020

Em 2021 foram matriculados 180.277 automóveis, apenas mais 1,9% do que em 2020, segundo os números divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

A crise dos semicondutores estagnou o mercado automóvel, sendo que os portugueses compraram praticamente o mesmo número de carros em 2021 do que em 2020, no primeiro ano de pandemia.

Segundo os valores da ACAP, regista-se uma descida de 32,7% em comparação com 2019, ano em que foram matriculados 267.828 veículos.

“Toda a indústria sofre com a falta de semicondutores; em Portugal, ainda levamos com a falta de ausência de medidas de estímulo à procura”, resumiu Helder Pedro, secretário-geral da ACAP, em declarações ao Dinheiro Vivo.

Em dezembro de 2021 foram matriculados 16.333 automóveis, ou seja, menos 28% que no mesmo mês de 2019 e menos 10,7% em comparação a dezembro de 2020.

Em comparação com 2019, existe mais de um terço do mercado de ligeiros por recuperar, com 146.637 veículos registados em 2021, uma diminuição de 34,5% face aos 267.828 veículos ligeiros registados nesse ano.

“Há uma pequena percentagem dos consumidores a terem receio de comprar um carro que fica desatualizado em um ou dois anos, sobretudo se for um produto híbrido ou elétrico”, revela Rodrigo Ferreira da Silva, líder da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), em declarações ao Dinheiro Vivo.

Portugal cada vez compra menos veículos poluentes no segmento de ligeiros de passageiros. Em 2021, pouco mais de dois em cada dez automóveis novos apenas funcionavam a gasóleo, ou seja 21,87%. Em 2012, 72,3% da quota de mercado era de diesel.

Existe um forte crescimento no mercado de carros eletrificados, veículos híbridos convencionais, plug-in e 100% elétricos, valendo já um terço das vendas.

A ACAP e a ARAN concordaram que o ano de 2022 irá ser mais desafiante que 2021, sendo que a crise dos semicondutores só deverá ter fim depois do primeiro trimestre do ano, segundo declarações de Rodrigo Ferreira da Silva.

“Será necessário esperar cerca de seis meses para qualquer medida estrutural determinada por um futuro governo e que possa ter impacto no mercado automóvel. Vamos entrar em 2022 com alguma cautela”, alerta Helder Pedro em declarações ao mesmo jornal.