Segunda-feira, Dezembro 23, 2024
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2022 será marcado por subida de preços para os consumidores

O ano de 2022 irá ficar marcado pelo aumento de preços na eletricidade, transportes, portagens, telecomunicações e rendas, enquanto outros serviços irão estabilizar.

Devido ao impacto da pandemia na economia, já se vinha a falar sobre uma possível inflação no preço de alguns bens e serviços, que os consumidores usam no seu dia-a-dia. Ainda que algumas subidas já tenham sido divulgadas, apenas após as eleições de 30 de janeiro, ficará mais claro o que mudará nos custos do consumo dos portugueses.

Em 2021, as rendas da casa não subiram, mas irão aumentar agora, devido à inflação, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida será de 0,43%, registando-se um aumento de três euros para uma família que pague 700 euros de renda mensal. Os senhorios não serão obrigados a atualizar as rendas, mas irão aproveitar para o fazer, pelo aumento do custo de vida, de acordo com o ECO Sapo.

No que concerne à eletricidade, após duas subidas já registadas este ano, o preço irá aumentar 0,2% a partir de janeiro, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), variação calculada tendo por base o aumento médio de 1,6% do preço da eletricidade no acumulado de 2021.

Os preços do gás botija também irão continuar a subir, após terem atingido recordes no final deste ano, sendo que a botija de butano de 13 quilos custa cerca de 29,17 euros, e a de 54 quilos, 120 euros, atualmente.

Na área das telecomunicações, ainda não são conhecidas as decisões de todas as operadoras, mas, pelo menos, os clientes da Meo deverão ter um aumento na fatura, aumentando o preço base das mensalidades em 50 cêntimos a partir de dia 1 de janeiro. Já a Nowo não tem atualizações previstas.

As compras de bens alimentares também irão custar mais às famílias portuguesas, sendo que o preço do bacalhau está cerca de 10% mais alto que em 2020. As carnes tendem a tornar-se mais caras, sobretudo a de vitela, e estes aumentos andam na casa dos dois dígitos.

O azeite ainda este ano encareceu 7% e pode ainda esperar-se o aumento dos preços do pão e produtos de padaria. Igualmente isso se verificará no caso das hortaliças, já que a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou em novembro para o aumento dos combustíveis e adubos.

Já os passes mensais dos transportes públicos em Lisboa irão continuar a custar o mesmo em 2022. Os restantes títulos de transporte dos operadores e serviços sob a chancela da Transportes Metropolitanos de Lisboa deverão encarecer 0,57%.

A juntar-se a estes bens e serviços, também o tabaco, roupa e apólices dos seguros de saúde deverão aumentar em 2022, assim como a revisão das tabelas de preços de cirurgia e medicina.

Finalmente, os preços das portagens irão agravar-se nas autoestradas e nas pontes sobre o Tejo, tendo em conta o aumento do índice usado como referência. Em algumas portagens da ex-Scut foi aplicado um desconto a partir de julho, que se prolongará para o resto do ano.

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