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Ensino Superior
22,1% dos trabalhadores em empresas portuguesas detém o ensino superior (Fonte: Pexels)

Menos de um terço dos trabalhadores em empresas portuguesas detém o ensino superior

Por: Marta Godinho

Segundo o Insight (informação agregada e sucinta sobre matérias mais relevantes da Fundação José Neves), 22,1% dos trabalhadores em empresas portuguesas detém o ensino superior. Este é um facto de assinalar, pois este nível de escolaridade é ainda muito pouco representado no mundo empresarial. Numa altura em que o emprego diminuiu, a taxa de empregabilidade em ensino superior, contrariamente, aumentou 4,1%.

Em 2020, foi possível constatar que 47% dos trabalhadores apresentavam apenas o ensino básico e os de ensino superior apenas se encontravam nos 22%. Trabalhadores com mais de 45 anos têm, tendencialmente, o ensino básico, sendo que o ensino secundário atua mais nos jovens entre os 15 e os 34 anos. Contudo, o ensino superior tem apresentado mais espaço, principalmente, nas faixas etárias dos 35 aos 44 anos em quase 28,2%.

O teletrabalho é, nos dias que correm, o recurso comum entre os trabalhadores mais qualificados, segundo estudo do Insight. Ademais, a pandemia permitiu o crescimento de grupos profissionais dos “especialistas das atividades intelectuais e científicas” e “técnicos e profissões de nível intermédio” com um exponencial aumento de 56% entre 2019 e 2020. Tendo isto em conta, a Fundação José Neves lançou o “Guia para empresas: como apostar na formação dos trabalhadores?” sobre estratégias a adotar para a formação qualificada de trabalhadores para um melhor nível de performance e produtividade geral das entidades, dirigido a gestores e empresas.

Durante a pandemia, observou-se uma queda mais acentuada de emprego nas mulheres (-1,9%) do que nos homens (-0,2%), uma vez que os setores mais prejudicados foram maioritariamente de representação feminina (como alojamento e restauração), contrariamente à representação masculina que incide em setores como a informação e informática. Profissões com componente tecnológica apresentaram um crescimento de 41% e uma tendência positiva para o futuro.

A Fundação José Neves lança agora um “Guia para Adultos: como aprender ao longo da vida?” que apresenta os benefícios da educação e aprendizagem constante no decorrer das nossas vidas, dirigido a todos, mas essencialmente a profissionais, empregados (ou desempregados) ou apenas a pessoas que queiram adquirir novas capacidades individuais e/ou sociais.