Por: Mariana Barros Cardoso
Há 30 anos que a Makro “serve” Portugal. Uma empresa que ultrapassou os desafios inerentes a três décadas e que se mantém fiel aos seus valores de olhos postos no consumidor final e naqueles que fazem parte do ADN da empresa. Falámos com David Antunes, diretor-geral, que disse que no segredo de um negócio de sucesso estão o equilíbrio e as relações.
PME Magazine – O que é que se exige, se assim podemos dizer, de uma das maiores empresas de distribuição grossista em Portugal?
David Antunes – Inovação e vontade de fazer mais e melhor, qualidade nos produtos e nos serviços e de construir relações e sucesso do negócio dos nossos clientes. Flexibilidade, qualidade, velocidade e rapidez é o que mantemos no nosso negócio para continuar sólido e consolidado no mercado nacional. A força e a dimensão de uma operação como a nossa constrói-se diariamente no terreno, com o cliente, antecipando as suas necessidades e superando as suas expectativas. É por esse motivo que a Makro tem apostado numa variedade de serviços e plataformas.
PME Mag. – Quais os contornos que isso tem?
D. A. – Trabalho e dedicação constantes de toda a equipa. Só com uma equipa comprometida é que conseguimos dar voz ao nosso propósito. Os colaboradores da Makro são uma peça fundamental na nossa estratégia de diferenciação, têm de ser os primeiros a conhecer os nossos produtos e valências, para os poderem comunicar convenientemente aos nossos clientes. Só assim se faz a diferença, se renova e cria relação e se prospera num mercado tão competitivo como o atual.
PME Mag. – O que é que significa uma abordagem mais rápida e simples que dá soluções inovadoras e essenciais aos clientes?
D. A. – Soluções como o serviço de “Delivery”, o “Makro Go”, e a plataforma de compras online MShop. Somos práticos e focados nas soluções, serviços e produtos que colocamos à disposição dos nossos clientes.
PME Mag. – A expansão da Makro Portugal foi rápida porque era urgente colmatar esta falha no setor ou por influência do trabalho já feito na Alemanha?
D. A. – Por ser uma multinacional, existe um conhecimento interno, uma missão, valores dos quais tiramos partido e aplicamos ou adaptamos à nossa operação. A nível nacional, a nossa proposta de valor é única no mercado, com diferenciação e uma oferta de valor acrescentado. Existiu e existe uma estratégia global, adaptada às especificidades do nosso mercado, percebendo em todos os momentos como dirigir o nosso posicionamento até à consolidação do nosso negócio.
PME Mag. – A primeira loja Makro inaugurada em Portugal foi em Alfragide, em 1990. Quais é que foram os maiores desafios na altura?
D. A. – Os desafios inerentes aos anos 1990 em Portugal: localização, infraestrutura, recrutamento, burocracia. Há 30 anos, a realidade era um pouco diferente da que temos. Entre 1990 e 2004, a grande preocupação foi servir o território nacional, de norte a sul, conseguindo abrir as 10 lojas que existem atualmente e as duas plataformas em Torres Novas e Malveira, para garantir a distribuição dos produtos para todas as lojas. Cada loja é adaptada à região que serve, existindo três tipologias: lojas clássicas, lojas juniores e lojas eco. Este é um negócio com muitas dinâmicas e nuances. É necessário estar sempre muito atento para perceber e até antecipar as necessidades e mudanças inerentes ao mercado.
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PME Mag. – Trinta anos depois, quais são os maiores desafios?
D. A. – O maior desafio é sem dúvida a inovação e a diferenciação positiva que oferecemos ao mercado. Estar em constante movimento no sentido de antecipar necessidades e superar expectativas é trabalhoso, mas é isso que nos torna especiais e únicos na distribuição grossista. Diria que é mesmo aqui que reside a diferença da Makro. Durante 30 anos, as pessoas estavam habituadas a um só conceito — o Cash-and-Carry. Hoje, temos três grandes canais: o trabalho em loja, o serviço de “Delivery” e “Makro Go” e toda a componente digital – o “DISH”. Reinventarmo-nos é algo que constitui um desafio constante. Na Makro é esse o espírito: fazer sempre mais e melhor, sermos rápidos a agir e a fazer acontecer. O foco é a passagem de um modelo transacional para um modelo relacional. O nosso trabalho é sempre para o sucesso dos nossos clientes e para lhes aportar valor e queremos ser referenciados pelo nível de serviço, qualidade, competência dos nossos produtos e pelas pessoas que diariamente convivem com os nossos clientes.
PME Mag. – Quais os ingredientes do sucesso que atingiram?
D. A. – Enfoque no posicionamento, ou seja, fazer escolhas, ouvir o cliente, trabalho e dedicação. O sucesso só se constrói com trabalho e dedicação. São ingredientes essenciais. Não podemos ser passivos. Temos que ser sempre ativos e ágeis na procura do melhor caminho para os desafios constantes do nosso negócio. Só assim conseguimos ser bem-sucedidos, permanecer no tempo e prosperar num mercado altamente competitivo.
PME Mag. – Neste caso, qualidade ou quantidade? Ou há espaço para ter as duas juntas?
D. A. – Diria que a simbiose entre os dois é o melhor. O segredo está no equilíbrio. 2020 será um ano de consolidação, onde a qualidade será trabalhada: qualidade do nível de serviço, dos nossos produtos e das nossas relações com clientes e outros parceiros de negócio.
PME Mag. – Qual é o fator mais diferenciador da Makro?
D. A. – O segredo é criar relações. Dois fatores que nos diferenciam: sermos sempre mais do que um mero fornecedor de produto e preço e fazer do sucesso dos nossos clientes o foco do nosso negócio.
PME Mag. – De que forma é que uma empresa como a Makro contribui para a consolidação de negócios das PME portuguesas?
D. A. – Temos de simplificar e agilizar as suas tarefas e, nesse sentido, acreditamos que somos o melhor parceiro para o sucesso dos seus negócios. Existem uma série de serviços que contribuem para o conforto, comodidade e facilidade de gestão dos nossos clientes, como é o caso da “MShop”, serviço de “Delivery”, “Makro Go”, entre outros.
PME Mag. – Em três palavras, o que aconselharia às marcas que querem singrar?
D. A. – Qualidade, relação e ambição.