Home / MERCADO / Economia / Mais de metade das mulheres consideram o género uma barreira
Género é uma barreira
Inquérito feito pela Hays sobre “Diversidade & Inclusão – Retrato do Mercado de Trabalho em Portugal” (Foto: Pexels)

Mais de metade das mulheres consideram o género uma barreira

O recente inquérito realizado pela Hays sobre “Diversidade & Inclusão – Retrato do Mercado de Trabalho em Portugal”, registou que as mulheres são quem tem mais barreiras durante a carreira profissional. 58% das mulheres inquiridas consideram o género como a principal barreira para a progressão.

No que diz respeito à progressão de carreira, 61% das inquiridas do género feminino, considera que existem barreiras na sua progressão profissional, em oposição a 44% dos homens. Os dados mostram que os motivos entre homens e mulheres são bastante diferentes. Os homens referem a idade como barreira limitadora e as mulheres apontam o género como motivo.

No que concerne a remuneração, apenas 22% das mulheres considera que a empresa remunera de forma justa, independentemente do género, em comparação com 46% dos homens que revelaram ter mais promoções, aumentos e propostas de emprego (24%, 47% e 68%, respetivamente).

Os cargos com maior nível hierárquico nas empresas continuam a ser maioritariamente ocupado por homens. Relativamente a chefias diretas, 67% dos inquiridos referiu que o cargo é ocupado por homens e apenas 31% referiu ser por mulheres. “Estas duas situações mostram-nos que, claramente, o acesso de mulheres a cargos de chefia intermédia (“direta”) ainda tem bastantes limitações, mas essas limitações são ainda mais aparentes em cargos de alta chefia”, comentou Paula Baptista, Managing Director da Hays.

Não obstante, a perceção que os homens e as mulheres têm relativamente a estas questões é díspar. “Isto seja porque também têm experiências verdadeiramente distintas. Como vimos, as mulheres são quem refere ter mais barreiras quanto à possibilidade de progredir a nível profissional. E quando questionados sobre essas mesmas barreiras, é interessante relembrar que os motivos entre homens e mulheres foram opostos – os homens referem a idade como principal fator limitador e as mulheres o género”, acrescenta.

Relativamente aos profissionais, quando questionados sobre se a sua empresa possuía políticas de diversidade de género, quase um terço dos inquiridos não soube responder, não tendo conhecimento de tal. 82% dos inquiridos dizem desconhecer se as empresas que representam aplicam este tipo de políticas.

“Os dados deste estudo permitem-nos concluir que ainda há um longo caminho a fazer no que diz respeito a igualdade de oportunidades e inclusão no mercado de trabalho. No entanto, também importa referir que tem havido uma clara evolução e esforço de mudança por parte dos empregadores em Portugal. É de salientar que o tema Diversidade & Inclusão é uma prioridade em diversas empresas em Portugal e existem planos e projetos a desenvolver neste sentido”, concluiu Paula Batista.