70% dos colaboradores preferem benefícios a subida salarial

De acordo com um relatório da empresa Cobee, cerca de 70% dos colaboradores portugueses preferem o direito a um conjunto de benefícios personalizados, consoante as suas necessidades, a uma subida salarial, panorama alterado ao longo do período pandémico.

Um estudo da Cobee, uma empresa digital, refere que o atual cenário pandémico veio alterar os hábitos de consumo dos benefícios sociais oferecidos pelas empresas aos colaboradores. No relatório “Tendências em Benefícios Sociais 2021”, a empresa analisa que os trabalhadores valorizam mais os benefícios personalizados e flexíveis do que os aumentos salariais.

Desta forma, cerca de 70% dos inquiridos afirma que um plano de benefícios constitui uma maior motivação no trabalho, o que poderá representar um importante indicador para que as empresas utilizem estas ferramentas para atrair e reter os seus melhores talentos de forma a atingir o sucesso.

Apesar disto, cerca de 71% dos colaboradores afirmam que o plano de benefícios de que usufruem necessita de ser atualizado, uma vez que é generalista e antiquado ao invés de flexível, moderno e personalizado.

De acordo com o relatório, os benefícios das empresas podem melhorar-se através da digitalização, flexibilidade e comunicação, de forma a oferecer um conjunto de benefícios dinâmicos e que se adaptem às particularidades de cada momento. A título de exemplo, atualmente, com a situação pandémica, a saúde afigura-se como um dos benefícios mais valorizados, de acordo com 90% dos inquiridos. 

A Cobee conclui ainda que 76% dos trabalhadores portugueses considera importante a possibilidade de poder acumular os benefícios de um mês para outro, de forma a poder utilizá-los da forma e na altura que lhes for mais conveniente.

Borja Aranguren, o CEO da Cobee, refere que é importante fazer uma reestruturação dos planos de benefícios anualmente, afirmando que é assim que se desenvolve “uma nova cultura empresarial em que o colaborador e a sua felicidade são colocados no centro, como forma de garantir o bem-estar de toda a empresa”.

Para o CEO, “a comunicação, a empatia e a capacidade de ouvir e cuidar das equipas são os trunfos da verdadeira revolução digital”, cada vez mais importante na sociedade atual.