Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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A arte do ‘feedback’

Por: Ana Ganhãohumanistic professional coach

Todos os dias, tenho nas minhas sessões alguém que recebeu ou deu um mau feedback, quer seja no âmbito pessoal (relações de amizade, íntimas ou familiares) quer seja no âmbito profissional.

A pessoa recebe uma crítica a informar que tal e tal está errado, ou mal feito, mas o que nunca é dito é o que está mal de uma forma clara e precisa. Tal procedimento, desmotiva e desorienta, uma vez que a pessoa ficou com a sensação que fez tudo errado, e ficou sem perceber o que é esperado dela e o que deve corrigir.

Dar feedback, ou dar um retorno sobre um determinado processo, trabalho, acontecimento, atitude é uma arte, requer de si uma comunicação clara e precisa, com honestidade e humildade, de forma a acrescentar reforço positivo responsabilizando e envolvendo o outro no processo.  Entenda que o processo de feedback nunca deve ser pessoal, nem deve acrescentar estados emotivos ao mesmo.

Verifico várias formas de dar feedback, quando precisamos de corrigir uma situação de imediato, quando queremos reforçar só o comportamento positivo do colaborador, e o ofensivo, onde se apontam só os pontos negativos, o que leva a uma desmotivação do colaborador.

Eu gosto particularmente do método sanduíche, ou seja, feedback em três fases:

  1. ª Fase – Nesta fase (primeira fatia de pão), destaco os pontos positivos, de uma forma clara, precisa e sempre pela positiva, que cumpriram o propósito do que era esperado;
  2. ª fase – Nesta fase (o recheio) são apresentados os pontos a melhorar, seja o que não foi feito ou foi incorretamente feito, e saliento que não é dizer apenas que isto ou aquilo está mal, é necessário informar com precisão o que está incorreto e como deve ser feito no futuro;
  3. ª fase – Nesta fase (segunda fatia de pão) encerro com reforço positivo, salientando as habilidades a serem exponenciadas.

Por outro lado, receber feedback também nem sempre é fácil, depende da capacidade de lidar com a crítica de quem o recebe e aceitar que esta é uma oportunidade de alterar comportamentos e de crescimento pessoal e profissional. Seja responsável pelo seu próprio processo de melhoria e peça periodicamente feedback a quem de direito e evitará certamente o feedback no final onde, por vezes, tem consequências mais graves e já não há tempo para melhorias.

Quanto mais praticarmos uma arte, mais hábeis ficamos nela. Assim, peça e dê feedback com mais frequência aos seus colaboradores, colegas, superiores ou parceiros de negócios.

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