O Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas decidiu, este domingo, em plenário, desconvocar a greve que já durava há sete dias, depois de a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) ter-se mostrado disponível para uma reunião, esta terça-feira, mediada pelo Governo.
Francisco São Bento, presidente do sindicato, admitiu, porém, que se não houver um entendimento entre as partes serão equacionadas outras formas de luta, como a greve às horas extraordinárias, aos fins de semana e aos feriados.
A reunião de terça-feira irá decorrer no Ministério das Infraestruturas e Habitação, liderado por Pedro Nuno Santos.
Entretanto, em declarações à SIC, André Matias de Almeida, da ANTRAM, disse que a associação irá negociar “aquilo que as empresas podem suportar”.
Recorde-se que a greve foi convocada para exigir aos patrões o cumprimento de um acordo de aumentos salariais para 2021 e 2022 e um novo contrato coletivo que assegurasse o cumprimento dos tempos de trabalho. Os motoristas exigem aumentos graduais dos atuais 630 euros de salário base para 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022.
O sindicato reivindica, ainda, um novo contrato coletivo de trabalho que passasse de dois para seis anos de duração, garantindo aumentos de 50 euros por ano a partir de 2021.