Quarta-feira, Junho 18, 2025
InícioEdições PME"Continuo a querer ser a senhora do Castelão de Palmela" - Leonor...

“Continuo a querer ser a senhora do Castelão de Palmela” – Leonor Freitas (vídeo)

Por: Ana Rita Justo

Em Fernando Pó, concelho de Palmela, nasceu em 1920 o negócio que viria a ser a Casa Ermelinda Freitas. De geração em geração, quase sempre no feminino, chegou às mãos de Leonor Freitas, agora com 550 hectares de vinha e um ambicioso plano de expansão internacional e de diversificação do portefólio também com as apostas no Douro e Minho. Os ensinamentos, os desafios e as raízes, na entrevista de Leonor Freitas à PME Magazine.

 

PME Magazine – Quando era mais nova quis tirar um curso agrícola, mas o seu pai não deixou. O bichinho ficou?
Leonor Freitas – É verdade. Quando quis ir para o curso de Regente Agrícola, que havia após o 5.º ano, tinha 15 anos. Foi a única coisa a que o meu pai se opôs. O meu pai tinha uma visão um bocadinho diferente da maioria das pessoas desta zona rural, porque é preciso situarmo-nos de que era uma zona rural muito fechada. Só pude fazer aqui a 4.ª classe e depois tive de andar em colégios. Fiz o secundário em Setúbal e quando fiz o 5.º ano quis ir para uma escola agrícola tirar [o curso de] regente agrícola. O meu pai, de facto, impôs-se dizendo: ‘Não é curso para menina, tu vais continuar a estudar. Quero que tenhas uma vida melhor do que aquela que nós temos’. A vida do campo sempre foi muito difícil, eles trabalhavam muito, eu era filha única e tive o privilégio de poder estudar. Acabei por não ir e não voltei mais à área agrícola. Tirei uma licenciatura em Serviço Social, acabei por trabalhar nessa área cerca de 20 anos, na função pública e não estava no meu plano de vida vir para o mundo rural.

PME Mag. – Depois de o seu pai falecer, quando é que decidiu assumir o negócio?
L. F. – Resolvi vir para a Casa Ermelinda Freitas no dia que o meu pai faleceu. Tínhamos 60 hectares de vinha e eu pensava que talvez um dos meus filhos, um dia venha a gostar. E eu achava que era a geração que não vinha, precisamente porque os meus pais eram novos. O meu pai faleceu com 59 anos, era uma pessoa nova, estava bem e, no dia em que ele faleceu, entre o adoecer e o falecer foram três semanas de luta, portanto não pensei em nada. No dia em que ele faleceu tive bem a noção de que a minha mãe não estava preparada sozinha para dar continuidade, porque como havia esta grande estratificação entre o mundo rural e o mundo urbano e entre a mulher e os papéis do homem – a minha mãe era uma mulher do negócio, mas estava sempre por trás do meu pai, se não até parecia mal. Posso dizer-lhe que ela nunca tinha ido a um banco, nunca tinha assinado um cheque. Naquele dia pensei: ou vou para lá ou tenho de vender. E quando pensava em vender arrepiava-me toda. E disse para o meu marido: ‘Vai buscar os miúdos e vamos viver para Fernando Pó’. O meu marido foi a pessoa mais colaboradora que podia haver, nunca disse nada. Viemos para cá, primeiro para fazer companhia à minha mãe e depois para ver se era capaz de não vender, porque senti naquele momento tudo o que a família me tinha transmitido ao longo dos anos. Eu vinha aos fins de semana mesmo quando estava a estudar, mas o exemplo da família, de trabalho, o amor que eles tinham à terra, a dedicação, isso tudo me foi transmitido sem me aperceber, ao ponto de achar que se vendesse ia fazer uma violência à família. E venho ver o que sou capaz de fazer. É nesse momento que tomo essa decisão. Não deixei de trabalhar, continuei a ir e a vir, mas arranjámos a figura de capataz, que ainda existe. E todos os dias eu chegava, falava, até que chegou um ponto em que tive mesmo de deixar [o trabalho], porque as coisas começaram a tomar uma amplitude diferente, mas eu vinha cheia de força. Além de manter, comecei a achar que era aqui que eu me reencontrava. Foi uma decisão que nem foi difícil, porque foi de tal maneira sentida – estou aqui por amor. Tinha a minha vida muito organizada fora daqui: o meu marido trabalhava na ex-Portucel, eu trabalhava na Administração Regional de Saúde, tínhamos vencimentos de técnicos superiores, tínhamos a ajuda dos pais, não gastávamos mais do que o que tínhamos. Mas foi uma boa solução que tomei por amor e pela família que tive.

Leonor Freitas
“São como filhos”, diz Leonor dos vinhos (Foto: João Filipe Aguiar)

Trabalho e amor
PME Mag. – E quais os ensinamentos que a sua mãe e a sua avó lhe deixaram?
L. F. – A minha mãe e a minha avó – e o meu pai! – deixaram-me os conteúdos que ainda me regem hoje: uma família muito simples, muito trabalhadora, mas com grandes noções de proximidade do outro, de ajuda ao outro, de que nós temos de trabalhar, temos de partilhar aquilo que temos e não desistir. A minha avó ficou viúva com 38 anos, ficou com uma casa agrícola. O meu pai era o mais velho, mas era ainda criança e ela aguentou uma casa agrícola naquela altura, era uma mulher de armas. Não tinha fins de semana, não tinha férias, trabalhava no campo, em casa, ainda ajudava a tomar conta dos netos. Foi uma mulher que deu a imagem do que é o trabalho e a dedicação. Nunca mais se casou. A minha mãe era uma mulher muito ligada à família, uma dona de casa extraordinária, ela cozinhava como ninguém. Era uma mulher com uma intuição para o negócio muito grande e que passava sempre a imagem de que tínhamos de ter cuidado, porque o outro também podia enganar-nos. E isto equilibrava muito com o meu pai, porque o ele era muito boa gente, era um homem de grandes afetos, queria ajudar todos e ela, embora fosse de afetos, equilibrava. O meu pai foi muito importante, o único homem que teve mais tempo vivo na família, até o facto de ter ido estudar tenho a agradecer-lhe. Foram pessoas muito conceituadas aqui na região, trabalhavam ao lado dos seus colaboradores e eu vim beneficiar da imagem que eles tinham. A minha mãe ajudava toda a gente, até quando se queriam casar ela ia ajudar nas refeições. O meu pai ajudou sempre outros sobrinhos e primos que acabaram por complementar a minha educação. Tive uma vida muito equilibrada familiarmente, com grandes mensagens de trabalho, de amor ao próximo e de honestidade no negócio. Não eram precisos contratos, a palavra valia. Tenho muita pena se perco isto. Fernando Pó é um lugarejo em que somos todos de família e aqui ainda se pode ter isso.

 

PME Mag. – Quais foram os primeiros desafios?
L. F. – Quando pego na Casa Ermelinda Freitas, o meu primeiro desafio era ver se não vendia, como disse. Depois, houve uma coisa que fez toda a diferença, foi ter saído daqui para estudar, mesmo que noutra área. Quando cheguei, sabia que não sabia e isso fez toda a diferença, porque fui à procura de pessoas que soubessem para ajudar-me. Isto eu passo sempre até aos jovens: vale a pena fazer uma formação, porque depois adaptamo-la. Se eu nunca tivesse saído daqui, achava que sabia tudo. O principal setor económico desta região é a vinha e o vinho, mas se eu nunca tivesse saído daqui achava que sabia tudo. A grande diferença foi, precisamente, depois de ver que não sabia, procurar as pessoas. Depois de me reencontrar, de ver que era isto que gostava, foi não me isolar. Comecei a contactar com todos os organismos, a ir lá para fora. Foi muito importante uma ida que tive a Bordéus, porque a nossa história é de vinho a granel. Não tínhamos marcas. E Bordéus tinha a maior feira de vinhos, mas tudo engarrafado. E eu comecei a ver que toda a gente com maior dimensão do setor ia para Bordéus e fiquei com a curiosidade e também fui. Foi um marco grande para mudar e ver que a seguir ao vinho a granel também tinha de fazer marcas, tinha de identificar-me. Lá, davam um prestígio ao vinho diferente. Um produtor de 60 hectares lá era grande, porque França vende só por ser francês, mas vim de lá com a ideia de que tinha muito a fazer. Uma adega nova – não podia continuar com a mesma que tinha – um espaço para poder receber as pessoas… Vim de lá cheia de desafios. Só tinha duas castas quando cá cheguei: Castelão para os vinhos tintos, Fernão Pires para os vinhos brancos. Vim de lá com a noção de que tinha de plantar outras castas. Tinha de ir ao encontro do consumidor, porque lá não conheciam nem o Castelão, nem o Fernão Pires. Marcou-me de tal maneira aquela ida a Bordéus, que foi uma mudança de atitude. Vim com a ideia de que tinha de investir numa adega, não tinha era dinheiro. Consegui fazer a primeira adega mais moderna – pensei que era a obra da minha vida. Depois a segunda e nunca mais parei até agora. É um investimento permanente, mas os meus desafios eram manter o que tinha e ter a produção toda em garrafa.

 

“O que ela anda a fazer”

PME Mag. – Como é que pensa a mistura das castas?
L. F. – A primeira [casta] que plantei foi a Touriga. Quando a plantei dizia-se que nesta região não se dava nada bem se não o Castelão e o Fernão Pires. Quando plantei a Touriga Nacional, que é a casta portuguesa, a maior casta do mundo até, os meus colaboradores e toda a gente dizia que isto aqui não se vai dar. “Olha o que ela anda a fazer…” Repare, ninguém tinha confiança na menina que tinha vindo da cidade e que não tinha cá estado. A minha mãe sofreu bastante, coitada, porque iam ter com ela e diziam-lhe: ‘A sua filha só está a gastar dinheiro, isto não vai dar’. Ela, coitada, dizia-me: ‘Filha, tu gastas o dinheiro todo’. Ela sofreu imenso com a falta de confiança que tinha em mim e com o que eu queria inovar. Correu mal a primeira plantação. Mais uma vez, não desisti, fiz a segunda de Touriga. E a partir daí não parei. Tenho 29 castas: Touriga, Trincadeira, castas portuguesas e depois fui para castas estrangeiras. O Merlot, o Cabernet, o Syrah, Arinto, Gravo Stamina, agora tenho uma nova chilena [Carmenere] … Comecei a ir para as feiras e não conseguia com que provassem o Castelão e o Fernão Pires – porque não conheciam – sem dizer: ‘Mas prove este Cabernet para ver como ele é bom’. E ficavam muito admirados quando o provavam. Estamos numa grande região e as castas dão-se todas muito bem. Têm um comportamento diferente, têm a estrutura destes terrenos arenosos, perto do mar. Houve uma casta que plantámos para fazer um espumante e acabámos por fazer um vinho, porque aqui tem uma estrutura diferente e as pessoas começaram a gostar muito. E depois já podia dizer: ‘Gostou tanto desse Syrah, desse Petit Verdot, prove o nosso Castelão’. Provavam e até gostavam. Portanto, primeiro, foi ir lá para fora e levar castas que eles conheciam, para que depois pudesse levar as nossas e começar a vender. Mas também, sobretudo em Portugal, teve uma função pedagógica: explicar que as uvas não são todas iguais, que cada casta tem as suas características, até para os jovens, até para as crianças quando visitam uma vinha! Porque estamos num setor tão importante, quer para a região, quer a nível nacional, que é importante explicar que bebendo com moderação o vinho não faz mal e é importantíssimo para a economia de uma região, de um país. É assim que acabo por ter um leque muito grande de monocastas e que vem dar, além da função pedagógica, o também ir entrando nos mercados estrangeiros, mas continuo a querer ser a senhora do Castelão de Palmela [risos]. Tenho vinhas com 70 anos de idade, plantadas ainda pela família de Castelão. Já não é mérito meu, é da minha família que tem muitos bons clones de Castelão, que plantou nesta região. Isto é um microclima em que o Castelão se dá como em nenhum sítio. Posso dizer que o Leo d’Honor, da vinha de 70 anos e que só fazemos nos anos de grande qualidade, é uma referência da região, da casa e de mim própria, porque quero continuar a ser a senhora do Castelão de Palmela e uma rural que sou desta região.

casa ermelinda freitas
Casa Ermelinda Freitas conta com 550 hectares de vinho (Foto: João Filipe Aguiar)

 

“Vinhos como filhos”

PME Mag. – Qual é o seu vinho preferido?
L. F. – Tenho muita dificuldade em dizer qual é o meu vinho preferido, porque são como filhos. Há espaço para todos. Tenho uma estima especial por toda a linha Dona Ermelinda, por ser a minha mãe. Depois, tenho, por este Leo d’Honor, que é o meu nome disfarçado, é uma expressão latina – leão de honra – por serem as vinhas plantadas ainda pela família e que nós mantemos como bebés. Diria que tenho muita dificuldade, porque passa tudo pelas nossas mãos: desde o rótulo, a caixa, são autênticos filhos que criámos. É isto que é diferente na agricultura, no meio rural. A ligação que temos à terra, ver crescer uma vinha e ver crescer um filho. Ver nascer um vinho é espetacular, porque tem vida. Um vinho é muito mais do que só um vinho: ele tem uma história de família, o trabalho dos nossos colaboradores, o empenho, tem a história da própria terra e serve para festejarmos. Queremos ir ao encontro do consumidor, queremos criar o vinho com todo o afeto que temos, com toda a preferência que possamos ter. Queremos que o consumidor goste do nosso vinho.

 

PME Mag. – Em que países já estão?
L. F. – A Casa Ermelinda Freitas tenta ir semeando em todos os países em que é possível estar. Estamos em 32 países, mas lutamos diariamente para aumentar. Uns com pouca expressão ainda, outros com mais, mas todos são importantes. Sempre que é possível, mesmo com algum esforço económico, nunca queremos perder uma oportunidade, porque depois de lá estar podemos vir a crescer, a conhecer melhor o consumidor e fazer um vinho adequado. Somos uma casa dinâmica, adaptamos os vinhos ao consumidor, mesmo ao estrangeiro e por isso temos tantas castas. Temos marcas, rótulos e vinhos diferentes consoante os países. E conseguimos estar num leque muito grande de países. Não posso dizer que é fácil. Vamos a todas as feiras mais importantes, desde Bordéus, Alemanha, China, Japão, tal como concursos. É uma forma de divulgarmos o nosso produto, a nossa região e Portugal. O vinho está na moda, Portugal está na moda e temos muito bons vinhos. Houve um avanço na enologia, não estamos atrás de nenhum país. O que precisamos é de ser conhecidos. E nunca desistimos. Chegamos a ir três vezes ao mesmo país e não vender uma garrafa, mas o lema é não desistir até… O nosso grande foco, além de Portugal, que é muito importante para nós – 60% é vendido em Portugal – é cada vez mais vender fora. Estamos no Brasil, Colômbia, Polónia, em todos os países da Europa. Temos uma riqueza enorme que são os nossos portugueses espalhados pelo mundo. Vendemos imenso para o Luxemburgo, Inglaterra, Estados Unidos, Angola, Moçambique, Finlândia, Noruega, Xangai e muitas outras [cidades] que não lhe sei dizer o nome na China [risos]. França, Suíça, na Nigéria, no México, países difíceis para Portugal vender, mas temos conseguido apostar e temos conseguido ter resultados e cada vez aumentamos mais. A Rússia também é um mercado muito importante e cada vez está a crescer mais.

“Completar o portefólio”

PME Mag. – O que trouxe a expansão para o Douro e para o Minho?
L. F. – De facto, este mundo da vinha e do vinho é apaixonante. A minha vida deu uma grande volta, tinha uma
vida calma e deixei de ter, mas não a trocava. Começamos a ficar completamente apaixonados por aquilo que é um vinho, uma região, Portugal. Temos um país pequeno, mas é tão diversificado, quer na paisagem, quer no terroir, que uma Touriga do Douro é diferente da Touriga da Península de Setúbal, um Arinto nos vinhos verdes é diferente do Arinto da Península de Setúbal e isso traz-nos uma motivação muito grande para termos outras regiões onde possamos trabalhar. A Península de Setúbal é uma região de excelência, muito competitiva, é tudo plano, temos uma grande área e será sempre a nossa casa principal. Podemos ter vinhos muito competitivos, para grandes volumes, como temos vinhos de nicho, como o Leo d’Honor. O tamanho da propriedade, as características da região proporcionam-nos isso. É um contraste muito grande com o Douro. No Douro é difícil tratar a vinha, é uma paisagem maravilhosa, enquanto aqui é plano. Lá, aquele contraste da serra com o rio e aquelas inclinações são um desafio. Quando, depois de já estar no mundo do vinho, fui visitar o Douro, emocionei-me. Enquanto nós fazemos tudo com máquinas, lá é tudo trabalhado com muito esforço humano e só quem vive a terra e este amor compreende o esforço que é. A partir daí fiquei sempre com uma grande paixão de ter vinha no Douro. Tentei várias vezes, mas tenho investido muito e o Douro é uma zona cara. Achei que não podia comprar, mas era extremamente importante para complementar o portefólio da Casa Ermelinda Freitas, o meu sonho e, sobretudo lá fora, dizer: ‘Portugal é isto, visitem Portugal’. Apareceu-me uma oportunidade no Minho, numa quinta que estava à venda, que tinha adega e achei que era uma oportunidade, porque também há muita procura nos mercados externos de vinho verde. Cada vez mais as pessoas gostam de vinhos leves, frescos, frutados e o vinho verde é um pouco isto. Acabei por comprar e até já temos no mercado o vinho verde. O Douro ainda não, irá para o próximo ano. Eu não tinha dinheiro para comprar uma, acabei por comprar duas propriedades. Sou uma mulher de desafios, mesmo com a idade que tenho, tenho muitos projetos. Estes desafios vêm reforçar um sonho que tinha, poder ir para fora com um portefólio mais completo e investir na marca Portugal. Estes desafios compensam-me muito e tenho uma boa equipa. Além dos bens que tenho da vinha, da adega, das marcas, tenho um bem enorme que são os meus colaboradores. Estou muito feliz e convencida de que vamos lutar e havemos de conseguir.

Leonor freitas
Entrevista decorreu no museu da Casa Ermelinda Freitas (Foto: João Filipe Aguiar)

 

PME Mag. – O que é que a Casa Ermelinda Freitas trouxe a Fernando Pó?
L. F. – A Casa Ermelinda Freitas trouxe a Fernando Pó mais vida, mais dinamismo, mais empregabilidade. Damos sempre prioridade de emprego às pessoas daqui. Trouxe, também, o orgulho de ser de Fernando Pó. Fernando Pó era desconhecido. Quando os meus filhos estavam no colégio em Setúbal, eu tive de ir dizer que existia Fernando Pó, porque o meu filho dizia que ao fim de semana ia para Fernando Pó, isto ainda antes de eu cá estar, e o professor dizia que não existia. Estamos tão perto de Lisboa, tão perto de Setúbal, e éramos tão diferentes e tão desconhecidos. Ainda hoje somos, mas com as acessibilidades é mais fácil. Hoje, Fernando Pó começa a ser conhecido até pelos vinhos. A Casa Ermelinda Freitas trouxe isso tudo e trouxe orgulho às pessoas de Fernando Pó também de serem de Fernando Pó. Eu sou uma rural, toda a minha família é rural, trabalhou, trabalha no campo e tem orgulho de haver reconhecimento. Acho que é o meu dever reconhecer e valorizar o trabalho rural. Não vem para o campo quem não sabe fazer mais nada, vem para o campo quem gosta. Fui uma privilegiada de Fernando Pó. Sinto que é uma obrigação minha, como rural que sou, sentir orgulho de poder ter feito com que esta terra seja reconhecida e que haja trabalho para que as pessoas que são daqui poderem ficar.

 

PME Mag. – Qual é o vinho mais apreciado por quem vos visita?
L. F. – Toda a gente quer provar o Dona Ermelinda, mas depois apreciam muito as novas castas que não encontram facilmente aí fora. O tal Gravo Stamina, um branco da Alsácia, que plantámos aqui e que é um vinho muito floral. Gostam do Syrah, que ganhou um prémio em 2008, com o vinho de 2005, do melhor Syrah do mundo em Paris. Isto foi uma grande ajuda para nós e o nosso Syrah todos os anos continua a ganhar medalha de ouro e as pessoas gostam muito de o provar. A Quinta da Mimosa também tem um Castelão Velho que é limitado, só pode ser daquela quinta e as pessoas têm muita curiosidade em provar e fazer provas verticais, de vários anos, para verem como tem evoluído. O Leo d’Honor é sempre o nosso máximo e vamos aparecendo com novidades. Por exemplo, o Dona Ermelinda branco de reserva. Temos um Dona Ermelinda normal que as pessoas também gostam, é um Chardonet com Arinto, mas este é um novo, portanto as pessoas gostam de vir aqui e provar novidades. Temos também um Carmenere, que é um vinho chileno, que nem sei se há mais alguma adega que tenha… Temos um Pinot Noir que plantámos para fazer espumante e agora temos as duas coisas, em espumante e em vinho e as pessoas gostam muito destas novidades. Este Dona Ermelinda Reserva está a ir agora para o mercado e é um branco diferente. É um varietal, tem Chardonet, tem Antão Vaz e Arinto para lhe dar frescura, mas passa em barrica. É um branco reserva, não há muitos, precisamente porque dá-lhe outra estrutura, dá-lhe umas especiarias e é para ir ao encontro do consumidor que gosta de um branco diferente. Por outro lado, não podemos achar que tudo está ganho. A vida é uma moda, uma empresa é uma moda, uma marca é uma moda, não podemos sair da moda e temos de estar constantemente a antecipar, a criar coisas novas, a oferecer coisas novas aos nossos consumidores e, no enoturismo, poderem vir e terem novidades, poderem ser recebidos. Eu sempre que posso agradeço, para as pessoas me conhecerem e saberem que eu estou aqui, para perceberem que somos uma casa familiar. A minha mãe sempre me passou a mensagem do bem receber e quero que essa mensagem seja executada e passada. Quem vem à nossa casa tem de ser bem recebido e vir à Casa Ermelinda Freitas é como vir à minha casa, à nossa casa. O enoturismo é uma grande aposta, achamos que é transmitir os valores da região e de Portugal, é irem daqui com o que é a família, com conhecimentos sobre o vinho, sobre as castas e também com uma mensagem: bebam com moderação. Este também é o nosso lema: não queremos alcoolismo, queremos que bebam e apreciem o que é bom, porque o vinho, bebido na quantidade certa, é aquilo que qualquer produtor quer. Beber com moderação é extremamente importante. Também achamos que é muito importante sermos um complemento à cidade. Estamos tão perto de Lisboa, tragam os turistas até aqui e mostrem-lhes o que é a outra parte de Portugal. Precisamente com essa perspetiva temos uma parceria com o restaurante Wine Not, no Chiado, que só vende os nossos vinhos e onde a pessoa pode conjugar a comida ao copo e pode levar para casa uma garrafa. Isto é irmos ao encontro do consumidor, mas gostávamos que cada vez mais ele viesse ao nosso encontro. Temos pessoas que falam várias línguas e só precisamos que saibam que estamos aqui disponíveis para os receber. Há uma prova de vinhos além da visita, há sempre cinco vinhos à prova. Temos o nosso Moscatel, é outro vinho típico da região. Moscatel de Setúbal não há outro e ainda agora ganhámos o melhor Moscatel num concurso de Moscatéis. Temos de enaltecer esta região que se dizia que só dava Castelão e Fernão Pires, dá tudo de bom. Dá espumantes, dá Moscatel, dá as castas, é uma região que já se fala muito nela, mas vai dar muito que falar. É importantíssima, é versátil e fácil de trabalhar. Depois, estamos perto de Lisboa, onde há tanto turismo, portanto temos de os trazer até cá, já que somos penalizados por estarmos dentro da Grande Lisboa e não temos ajudas, não temos os mesmos subsídios, mas não vamos fazer disso uma batalha. O per capita das pessoas daqui não é igual ao de Lisboa, mas o legislador entendeu assim, temos esse prejuízo. As ajudas são quase zero, então vamos trazer o turismo que está em Lisboa.

PME Mag. – Como é que vê a Casa Ermelinda Freitas hoje e para o futuro?
L. F. – Vejo a Casa Ermelinda Freitas como uma casa que já conseguiu conquistar uma segurança e um nome
entre as maiores adegas da região e até algumas do país. Estamos entre as maiores e melhores adegas. Vejo-a com bons alicerces, com dinamismo, com um grupo de colaboradores espetacular, admirada pelos consumidores. Sinto que os consumidores gostam dos nossos vinhos. Agora também andamos nos festivais. Eu sou a mais velhota da equipa, mas tenho a minha filha e um grupo de jovens que a acompanham e têm bem a noção – e eu também acompanho isso – de que temos de inovar e o vinho tem de estar onde estão os jovens: nos festivais, ao lado da cerveja, ao lado de outras bebidas. Não podemos manter-nos com aquele conservadorismo de que o vinho é para se beber só em determinado momento, só aquele vinho tinto para a carne, o branco para o peixe, não. O vinho tem de ser um produto para saber bem, para dar alegria e para inovarmos. Por que não fazer um cocktail de Moscatel? Por que não um rosé frutado, um branco mais ligeiro e nós vamos ter todas essas oportunidades, até com os vinhos verdes. Andamos em vários festivais, não para ganhar dinheiro, mas para divulgar e para estarmos também com os jovens. O vinho faz parte de uma refeição equilibrada e nós temos de ensinar aos jovens que o vinho não faz mal, pode fazer parte do que bebem e sermos parceiros de outras bebidas. Vejo a Casa Ermelinda Freitas com um futuro muito risonho e com outra mulher à frente, a minha filha, que vai assumir a gestão, porque o irmão quer ficar nas tecnologias.

PME Mag. – E o que é que se vê a fazer depois de passar a gestão à filha?
L. F. – É difícil. Às vezes penso nisso, acho que devo ir passando. Normalmente os filhos só crescem depois de os pais morrerem e eu não quero isso. Quero ver os meus filhos crescerem e gerirem, mas estar cá. Tenho de, a pouco e pouco, ir passando, mas acho que há lugar para todos. Vai ser ótimo ter menos responsabilidades e vir visitar, acompanhar visitas e depois ir ao Douro. Vou ter sempre ideias, só não quero entravar o crescimento da Casa Ermelinda Freitas, porque de resto não me vejo separada disto, não quero entravar, não quero complicar, mas quero ficar [risos]. É-me difícil ver-me completamente separada, mas acho que vou tirar partido de ver a casa crescer e ter a alegria de ver os meus filhos a crescer, a casa dinâmica. Naquilo que puder ser útil cá estarei, porque vai ser muito difícil ficar em casa.

 

Veja o vídeo da entrevista de Leonor Freitas:

Vídeo: NortFilmes

PODE GOSTAR DE LER
Continue to the category
PUB

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

NEWSLETTER

PUB
PUB

SUSTENTABILIDADE

Continue to the category
Termos, Condições e Política de Privacidade
PME Magazine

Termos, Condições e Política de Privacidade

Portal editado por Massive Media, Lda. desde 2016

I) Termos de utilização

Conteúdo e Propriedade Intelectual

Entende-se por “conteúdo do site“, toda a informação presente neste portal, nomeadamente texto, imagens, ilustrações, design gráfico, webdesign e software.

Os direitos de propriedade intelectual sobre todos os conteúdos da revista online que não sejam de fornecimento externo e como tal devidamente identificados, são da titularidade da Massive Media, Lda. ,encontrando-se, como tal, protegidos nos termos gerais de direito e pela legislação nacional e internacional existente relativa à proteção da propriedade industrial, dos direitos de autor e direitos conexos, bem como pela lei da criminalidade informática.

Este website contém ainda textos, ilustrações e fotografias que não podem ser copiados, alterados ou distribuídos sem a autorização expressa dos seus autores.

É expressamente proibida a cópia, alteração, reprodução, exibição, difusão, distribuição, armazenamento, transmissão ou utilização dos conteúdos deste website, por qualquer forma ou para qualquer propósito, sem a prévia autorização expressa da Massive Media, Lda. ou dos seus autores relativamente ao conteúdo que se encontra licenciado e devidamente identificado.

A Massive Media, Lda. e/ou seus diretores e funcionários rejeitam qualquer responsabilidade pela usurpação e uso indevido de qualquer conteúdo do presente website.

A Massive Media, Lda. reserva-se o direito de atuar judicialmente contra os autores de qualquer cópia, reprodução, difusão, exploração comercial não autorizadas ou qualquer outro uso indevido do conteúdo deste website, rejeitando qualquer responsabilidade por qualquer uso indevido do mesmo, por terceiros.

Condições de utilização
O Utilizador poderá descarregar ou copiar material estritamente para uso pessoal, mantendo-se a Massive Media, Lda., titular dos respetivos direitos de autor.

O Utilizador obriga-se a não atacar ou usar ilicitamente os sistemas ou websites da Massive Media, Lda., sendo responsabilizado e suportando todos os custos associados a ações ilícitas que lhe sejam atribuídas.

Entre outras, consideram-se como ações ilícitas:

a) Aceder a uma área/conta não autorizada e respetiva informação;
b) Testar e avaliar a vulnerabilidade do sistema e quebrar a segurança instalada;
c) Instalar ou tentar instalar um vírus no portal;
d) Envio de e-mails não solicitados que incluam promoções ou publicidade a produtos ou serviços;
e) Desencadear ou tentar desencadear ataques tipo “denial of service” (tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis para seus Utilizadores).

A Massive Media, Lda. reserva-se o direito de interromper ou suspender o acesso a este website, pelo período que entenda necessário, por quaisquer razões de ordem técnica, administrativa, de força maior ou outras. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a Massive Media, Lda. não poderá ainda ser responsabilizada por qualquer suspensão ou interrupção de acesso que venha porventura a ocorrer por causa que não lhe seja imputável ou que seja imputável a título de mera negligência.

Os Utilizadores deste website declaram e garantem que conhecem perfeitamente as características e os constrangimentos, limitações e defeitos da Internet, e nomeadamente que as transmissões de dados e de informações via Internet beneficiam apenas duma fiabilidade técnica relativa, circulando em redes heterogéneas de características e capacidades técnicas diversas, que perturbam o acesso ou que o tornam impossível em certos períodos. Os Utilizadores reconhecem que qualquer site/portal está sujeito a intromissões de terceiros não autorizados e que pode consequentemente ficar interrompido, e que as informações que circulam na Internet não estão protegidas contra eventuais desvios (acesso livre), contra eventuais vírus, e que qualquer pessoa é susceptível de criar uma ligação com acesso ao site/portal e/ou a elementos lá contidos, aceitando correr os riscos inerentes.

A Massive Media, Lda. não pode, em caso algum, ser responsabilizada por danos acidentais ou voluntários sofridos pelos Utilizadores e provocados ou não por terceiros no âmbito da utilização dos serviços fornecidos nos sites ou em outros lugares na Internet a que tenham tido acesso através dele.

A Massive Media, Lda. não é responsável por quaisquer danos que possam ser causados pela utilização do serviço, incluindo a contaminação de vírus.

Sem prejuízo do compromisso de confidencialidade (que se deve ter como uma obrigação de meios) referente à utilização de dados pessoais (ver política de privacidade infra), a Massive Media, Lda. alerta que existem riscos relacionados com a Internet e bases de dados, sendo possível que os dados pessoais constantes do portal possam ser captados e/ou transferidos por terceiros, nomeadamente em países onde os sistemas de proteção de bases de dados pessoais encontrem-se ainda em fases pouco desenvolvidas e onde a proteção é escassa e ineficaz.

Os Utilizadores ao acederem a este website deverão aceitar correr os riscos inerentes à sua atividade como internauta, nomeadamente o risco de eventual transferência de dados em aberto.

II) Política de privacidade

O que são dados pessoais?

Dados pessoais são qualquer informação, de qualquer natureza e independentemente do respetivo suporte, incluindo som e imagem, relativa a uma pessoa singular identificada ou identificável.

É considerada identificável a pessoa singular que possa ser identificada, direta ou indiretamente, designadamente por referência a um nome, número de identificação, dados de localização, identificadores por via eletrónica ou a um ou mais elementos específicos da sua identidade física, fisiológica, genética, mental, económica, cultural ou social.

Em que consiste o tratamento de dados pessoais?

O tratamento de dados pessoais consiste numa operação ou conjunto de operações efetuadas sobre dados pessoais ou conjuntos de dados pessoais, através de meios automatizados, ou não, nomeadamente a recolha, o registo, a organização, a estruturação, a conservação, a adaptação ou alteração, a recuperação, a consulta, a utilização, a divulgação, difusão, comparação, interconexão, a limitação, o apagamento ou a destruição.

Quais são os tipos de dados pessoais que tratamos e qual a finalidade do respetivo tratamento?

Para podermos prestar-lhe os nossos serviços ou enviar-lhe as nossas comunicações, necessitamos de tratar os seus dados pessoais. Para facilidade de compreensão do fundamento e das condições do tratamento dos seus dados pessoais, optamos por enunciar as formas que os disponibilizemos:

1  Envio de newsletters electrónicas com conteúdos e participação de marcas, produtos, serviços e empresas terceiras (anunciantes) através de email: recolha dos dados pessoais nome, email, empresa e consentimento de política de privacidade;

2  Marketing direto e envio de informação sobre os produtos e campanhas da empresa e marcas associadas através de email: recolha dos dados pessoais de nome, email, contacto telefónico e consentimento de política de privacidade;

3  Perfilagem, segmentação comercial e análise de perfis de consumo de utilizadores, subscritores e assinantes: recolha dos dados pessoais de nome, morada, género (sexo), data de nascimento, profissão, habilitações literárias, país, localidade, número de telefone, email, hábitos de consumo nas plataformas digitais (site e app), histórico de subscrições ou remissões de vouchers, frequência de visita, com consentimento e prazo de retenção até retirada do consentimento;

4  Processamento de encomendas efetuadas no presente website: recolha de dados pessoais como nome, morada, número de telefone, email e dados bancários para fins de execução contratual e prazo de retenção até à retirada do consentimento;

5  Faturação de compras efetuadas no presente website:  recolha de dados pessoais como nome, morada e número de identificação fiscal, para efeitos da obrigação legal designadamente no artigo 29º, número 1, alínea b) do código do IVA, com prazo de retenção de 10 (dez) dias após a emissão de fatura nos termos do artigo 52º , número 1 do código do Iva;

6  Processamento de pedidos de informação e gestão de eventuais reclamações apresentadas pelo utilizador relativamente a produtos disponíveis no presente website: recolha de dados pessoais como nome, morada, número de telefone e email, com a finalidade legítima do responsável do tratamento de dados dar resposta às solicitações dos interessados em melhorar a qualidade de serviço, com prazo de retenção de seis meses após o envio da resposta.

Quais são os seus direitos enquanto titular de dados pessoais?

Qualquer utilizador, enquanto titular de dados pessoais goza dos seguintes direitos no que respeita ao tratamento dos seus dados pessoais:

1  Direito de acesso: sempre que o solicitar, pode obter confirmação sobre se os seus dados pessoais são tratados pela Empresa e aceder a informação sobre os mesmos, como por exemplo, quais as finalidades do tratamento, quais os prazos de conservação, entre outros;

2  Direito de retificação: sempre que considerar que os seus dados pessoais estão incompletos ou inexatos, pode requerer a sua retificação ou que os mesmos sejam completados;

3  Direito a retirar o seu consentimento: Nos casos em que o tratamento dos dados seja feito com base no seu consentimento, poderá retirar o consentimento a qualquer momento.

4  Direito ao apagamento pode solicitar que os seus dados pessoais sejam apagados quando se verifique uma das seguintes situações: (i) os dados pessoais deixem de ser necessários para a finalidade que motivou a sua recolha ou tratamento; (ii) retire o consentimento em que se baseia o tratamento de dados e não exista outro fundamento jurídico para o mesmo; (iii) apresente oposição ao tratamento dos dados e não existam interesses legítimos prevalecentes, a avaliar caso a caso, que justifiquem o tratamento; (iv) os dados pessoais tenham sido tratados ilicitamente; (v) os dados pessoais tenham que ser apagados ao abrigo de uma obrigação jurídica; ou (v) os dados pessoais tenham sido recolhidos no contexto da oferta de serviços da sociedade de informação;

5  Direito à limitação do tratamento: pode requerer a limitação do tratamento dos seus dados pessoais nos seguintes casos: (i) se contestar a exatidão dos seus dados pessoais durante um período de tempo que permita à Empresa verificar a sua exatidão; (ii) se considerar que o tratamento é ilícito; (iii) se a Empresa já não precisar dos dados pessoais para fins de tratamento, mas esses dados forem necessários para efeitos de declaração, exercício ou defesa de um direito num processo judicia; ou (iii) se tiver apresentado oposição ao tratamento e não exista um interesse legítimo prevalecente da Empresa;

6  Direito de portabilidade: poderá solicitar à Empresa a entrega, num formato estruturado, de uso corrente e de leitura automática, os dados pessoais por si fornecidos. Tem ainda o direito de pedir que a Empresa transmita esses dados a outro responsável pelo tratamento, desde que tal seja tecnicamente possível. Note que o direito de portabilidade apenas se aplica nos seguintes casos: (i) quando o tratamento se basear no consentimento expresso ou na execução de um contrato; e (ii) quando o tratamento em causa for realizado por meios automatizados;

7  Direito de não ficar sujeito a decisões individuais exclusivamente automatizadas: apesar de podermos traçar o seu perfil de modo a realizar campanhas de marketing direcionadas, em princípio, não tomaremos decisões que o afetem com base em processos exclusivamente automatizados;

8  Direito de apresentar reclamações junto da autoridade de controlo: Caso pretenda apresentar alguma reclamação relativamente a matérias relacionadas com o tratamento dos seus dados pessoais poderá fazê-lo junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados, a autoridade de controlo competente em Portugal. Para mais informações, aceda a www.cnpd.pt.


Como pode exercer os seus direitos?

Pode exercer os seus direitos através dos seguintes canais:

-  E-mail: pode exercer os seus direitos através de e-mail, para o endereço info@pmemagazine.com

-  Carta: pode exercer os seus direitos através de carta, dirigida a e enviada para a Massive Media, Lda., morada: Lisboa Biz - Av. Eng. Arantes e Oliveira, 3, r/c , código postal 1900-221 Lisboa.

Quais as medidas adotadas pela empresa para assegurar a segurança dos seus dados pessoais?

A Massive Media Lda assume o compromisso de garantir a proteção da segurança dos dados pessoais que lhe são disponibilizados, tendo aprovado e implementado rigorosas regras nesta matéria. O cumprimento destas regras constitui uma obrigação de todos aqueles que legalmente aos mesmos acedem.

Tendo presente a preocupação e empenho  na defesa dos dados pessoais, foram adotadas diversas medidas de segurança, de carácter técnico e organizativo, de forma a proteger os dados pessoais que lhe são disponibilizados contra a sua difusão, perda, uso indevido, alteração, tratamento ou acesso não autorizado, bem como contra qualquer outra forma de tratamento ilícito.

Adicionalmente, as entidades terceiras que, no âmbito de prestações de serviços, procedam ao tratamento de dados pessoais em nome e por conta da Massive Media Lda., estão obrigadas a executar medidas técnicas e de segurança adequadas que, em cada momento, satisfaçam os requisitos previstos na legislação em vigor e assegurem a defesa dos direitos do titular dos dados.

Em que circunstâncias existe comunicação dos seus dados pessoais a outras entidades, subcontratantes ou terceiros?

Os seus dados pessoais podem ser utilizados por subcontratantes para que estes os tratem, de forma automática, em nome e por conta da Massive Media Lda. Neste caso tomaremos as medidas contratuais necessárias para garantir que os subcontratantes respeitam e protegem os dados pessoais do titular.

-  Empresas dentro do grupo Massive Media Portugal (poderá encontrar as marcas em www.massivemediaportugal.com)

-  Empresas com quem a Empresa desenvolva parcerias, nomeadamente Dinamize, Mailchimp, E-goi, entre outras a designar;

-  Entidades a quem os dados tenham de ser comunicados por força da lei, como a autoridade tributária.

Em que circunstâncias transferimos os seus dados pessoais para um país terceiro?

A prestação de determinados serviços pela Empresa pode implicar a transferência dos seus dados para fora de Portugal, incluindo para fora da União Europeia ou para Organizações Internacionais.

Em tal caso, a Empresa cumprirá rigorosamente as disposições legais aplicáveis, nomeadamente quanto à determinação da adequabilidade do(s) país(es) de destino no que respeita a proteção de dados pessoais e aos requisitos aplicáveis a tais transferências, incluindo, sempre que aplicável, a celebração dos instrumentos contratuais adequados e que garantem e respeitam as exigências legais em vigor.


Proteção de dados
A Massive Media, Lda. não recolherá automaticamente qualquer tipo de informação pessoal dos seus Utilizadores, os quais poderão navegar no site sem fornecer qualquer género de informação pessoal, permanecendo no anonimato durante a sua visita. No entanto, a Massive Media, Lda. poderá recolher informações que não sejam de carácter pessoal e que se destinem a otimizar a navegação no site.

A informação pessoal voluntariamente fornecida pelo próprio Utilizador ao proceder à compra de produtos/serviços ou ao preencher os formulários do site é para uso exclusivo da Massive Media, Lda. que poderá disponibilizá-los em representação de terceiros (anunciantes e/ou parceiros) sem o prévio consentimento do seu titular. A informação será guardada por um período de dez anos, findo o qual será pedido novo consentimento ao Utilizador.

Este website pode conter acesso a links para outros sites externos cujos conteúdos e políticas de privacidade não são de responsabilidade da Massive Media, Lda.. Assim recomendamos que, ao serem redirecionados para sites externos, os Utilizadores consultem sempre as respetivas políticas de privacidade antes de fornecerem seus dados ou informações.

 

Cookies
Para poder prestar um serviço mais personalizado, este website utiliza cookies para recolher e guardar informação.

Um cookie é um ficheiro informativo que é enviado do servidor do website para o browser do Utilizador e armazenado no respetivo computador.

Estes cookies serão apenas utilizados pela Massive Media, Lda. e a sua utilização limita-se às seguintes finalidades:

-  Permitir saber quem é o Utilizador e, dessa forma, prestar um serviço melhor, mais seguro e personalizado;

-  Estimar os níveis de utilização dos serviços, garantindo a privacidade e a segurança dos dados.

III) Conteúdos e Responsabilidades

A informação presente neste site foi incluída de boa fé e serve exclusivamente para informação direta do utente, sendo a sua utilização de sua exclusiva responsabilidade.

A Massive Media, Lda., sem prejuízo do cumprimento das regras de proteção de dados pessoais, reserva-se ao direito de realizar alterações e correções, suspender, interromper ou encerrar o site quando o considerar apropriado, sem necessidade de pré-aviso e pelo período que entender necessário, por quaisquer razões de ordem técnica, administrativa, de força maior ou outra, não podendo por tal ser responsabilizada.

A Massive Media, Lda. e/ou seus diretores e funcionários, não se responsabilizam nem poderão vir a ser responsabilizados pelas hiperligações existentes no seu serviço para sites de terceiros. Estas hiperligações são fornecidas unicamente para a conveniência e acessibilidade do utilizador, não sendo a Massive Media, Lda., e/ou seus diretores e funcionários responsáveis pelo conteúdo desses sites de terceiros, sendo o seu acesso e visita da inteira responsabilidade do utilizador.

A Massive Media, Lda. e/ou seus diretores e funcionários não se responsabilizam ainda pelas políticas de privacidade dos sites de terceiros, sendo que as hiperligações eventualmente existentes não implicam a aceitação dos respetivos conteúdos nem uma associação com os seus proprietários por parte da Massive Media, Lda..

A Massive Media, Lda., pode atualizar os termos de utilização e a política de privacidade, acompanhando as alterações decorrentes do desenvolvimento e avanços tecnológicos da própria Internet, bem como as alterações legislativas nesta área.

A Massive Media, Lda. e/ou seus diretores e funcionários não assumem responsabilidade ou obrigação por qualquer ação ou conteúdo transmitidos por ou entre o utilizador e ou quaisquer terceiros dentro ou fora deste site e apesar de atenta ao conteúdo editorial, não exerce nem pode exercer controlo sobre todas as mensagens.

A Massive Media, Lda., e/ou seus diretores e funcionários não se responsabilizam nem poderão ser responsabilizados pela veracidade e exatidão dos dados ou conteúdos colocados diretamente pelo utilizador ao qual caberá a inteira responsabilidade.

O utilizador concorda em não transmitir a este site qualquer conteúdo ilícito, ameaçador, insultuoso, racista, discriminatório, acusatório, difamatório, ofensivo, obsceno, escandaloso ou pornográfico, ou qualquer outro conteúdo que possa constituir ou encorajar conduta que apele à violência e a atos ilícitos, reservando-se a o direito de apagar qualquer mensagem com esse conteúdo.

O utilizador compromete-se também a não fazer quaisquer operações que possam prejudicar o funcionamento das áreas de debate do site ou a aceder a uma área/conta e respetivos conteúdos sem a respetiva autorização, testar, avaliar ou quebrar a vulnerabilidade das seguranças instaladas, instalar ou tentar instalar vírus ou programas que o danifiquem e/ou contaminem, desencadear ou tentar desencadear ataques do tipo “denial of service” ou aconselhar terceiros a fazê-lo.

O utilizador compromete-se a não inserir mensagens de teor publicitário (salvo nos casos expressamente autorizados pela Massive Media, Lda., caso em que o utilizador se obriga a cumprir a legislação em vigor, nomeadamente o Código da Publicidade) ou de sua própria promoção. É expressamente proibida a utilização do site para fins ilegais ou quaisquer outros fins que possam ser considerados prejudiciais à imagem da Massive Media, LDA.

O desrespeito pelas regras éticas de utilização e de boa educação implicam a desvinculação do utilizador dos referidos serviços, sendo a usurpação, a contrafação, o aproveitamento do conteúdo usurpado ou contrafeito, a identificação ilegítima e a concorrência desleal punidos nos termos da legislação em vigor.

A Massive Media, Lda., cooperará plenamente com quaisquer autoridades competentes para aplicação da lei ou decisão de tribunal que solicite ou ordene a revelação da identidade ou ajuda na identificação ou localização de qualquer pessoa que transmita tal conteúdo.

O utilizador será responsabilizado pelo não cumprimento dos Termos de Utilização do presente site de acordo com a legislação civil e penal aplicável. A Massive Media, Lda., poderá, com base numa participação ou comunicação, averiguar se o conteúdo transmitido a este site por qualquer utilizador está a violar os termos e condições e determinar a sua remoção.

O utilizador deste site concorda em defender, indemnizar e isentar de responsabilidade a Massive Media, Lda., e/ou seus diretores e funcionários de e contra qualquer reivindicação ou demanda apresentada por quaisquer terceiros, bem como de todas as obrigações, danos, custos e despesas associados (incluindo, sem limitação, honorários razoáveis de advogados) decorrentes e/ou relacionados com a utilização deste site por parte do utilizador, conteúdos por este transmitidos a este site, violação pelo utilizador de quaisquer direitos de terceiros e/ou violação por parte do utilizador dos Termos de Utilização.

 

Assinaturas

As publicações da Massive Media, Lda. podem ter condições de Assinatura diferentes ou estar disponíveis em apenas algumas das plataformas, pelo que o aconselhamos a ler atentamente as concretas condições da publicação que está a assinar e que lhe serão apresentadas no decurso do processo de assinatura.

Caso necessite de qualquer esclarecimento relacionado com qualquer uma das suas Assinaturas, poderá contactar-nos pelo e-mail info@pmemagazine.com ou pelo telefone para o 211 934 140 (dias úteis entre as 9h30 e as 18h30). Mais se informa que os contratos referentes às Assinaturas das publicações são celebrados com a Massive Media, Lda..

Registo e pagamento de assinatura

Caso o pagamento não seja integralmente recepcionado ou caso o pagamento seja cancelado, a Massive Media, Lda.. poderá suspender ou cancelar a sua Assinatura. A Massive Media, Lda. poderá, igualmente, entrar em contacto com o banco/entidade responsável pelo pagamento, bem como com as autoridades competentes, caso suspeite da existência de fraude ou de outro comportamento ilícito ou abusivo por parte do Utilizador. Os pagamentos efectuados não são reembolsáveis, excepto quando seja indicado expressamente o contrário e para as condições indicadas.

Caso deseje alterar o método de pagamento da sua assinatura poderá contactar-nos pelo e-mail info@pmemagazine.com

 

Cancelamento de assinaturas

Pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento através do e-mail info@pmemagazine.com. Não procedemos a reembolsos de valores de assinaturas correspondentes a períodos já pagos, salvo questões específicas protegidas pela lei Portuguesa. A Massive Media, Lda. poderá suspender a sua Assinatura em caso de incumprimento dos presentes termos e condições.

 

IV) Jurisdição

Os Termos de Utilização (ponto I) e a Política de Privacidade (ponto II) acima enunciados foram regidos e serão interpretados de acordo com a lei portuguesa.
O utilizador aceita, irrevogavelmente, a jurisdição dos tribunais portugueses para dirimir qualquer conflito decorrente e/ou relacionado com os Termos e Condições, com a Política de Privacidade abaixo enunciada e/ou com a utilização deste website.

 

Litígios

Aos presentes Termos e Condições, bem como qualquer litígio inerente aplica-se a lei portuguesa. Para a resolução de quaisquer litígios, as partes elegem o foro do Tribunal da Comarca de Lisboa, com expressa renúncia a qualquer outro. Adicionalmente, em caso de litígio, o Utilizador, enquanto pessoa singular tem à sua disposição qualquer uma das seguintes entidades de resolução alternativa de litígios, sem prejuízo do recurso ao Tribunal da Comarca de Lisboa:

a) CNIACC – Centro Nacional de Informação e Arbitragem de Conflitos de Consumo http://www.arbitragemdeconsumo.org/
b) Centro de Arbitragem da Universidade Autónoma de Lisboa (CAUAL) http://arbitragem.autonoma.pt/home.asp
c) Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa http://www.centroarbitragemlisboa.pt/

Mais informações no Portal do Consumidor http://www.consumidor.pt/ e na plataforma europeia de resolução de litígios em linha em http://ec.europa.eu/consumers/odr/

V) Contacto

Para o esclarecimento de qualquer questão relacionada com os presentes termos e condições de utilização do site, o utilizador deverá contactar a Massive Media, Lda., para o seguinte endereço eletrónico: info@pmemagazine.com.

 

Política de Cookies

O site da PME Magazine usa cookies para melhorar o desempenho e a sua experiência como utilizador.

O que são Cookies?

Cookies são pequenos ficheiros de texto que o Site coloca no seu computador, smartphone ou tablet, ao aceder.

Estes ficheiros recolhem um conjunto de informações sobre a sua navegação no site e são utilizados para facilitar a sua experiência de utilização e torná-la mais simples, e não danificam o seu computador.

 

Para que se utilizam os cookies?

A informação recolhida pelos nossos cookies ou cookies de terceiros traduz-se em variáveis de sessão e padrões de utilização e tem como principal objetivo a adaptação do site aos interesses dos nossos utilizadores e identificar o utilizador durante a sessão.

Esta informação tem como única finalidade viabilizar e melhorar o desempenho técnico do Site e a sua experiência de utilização.

 

Que tipo de cookies estão a ser utilizados?

Os cookies neste Site são utilizados para, nomeadamente:

- Cookies analíticos - para fornecer dados estatísticos anónimos relativos à utilização dos sites, como por exemplo, os sites de onde provêm, as páginas visitadas, o número de visitantes e o software utilizado pelo cliente.

- Cookies de funcionalidade - guardam as preferências do utilizador relativamente à utilização do site, para que não seja necessário voltar a configurar o site cada vez que o visita.

- Cookies de sessão - são "cookies" temporários que permanecem na pasta de "cookies" do seu browser até que abandone a página Web, sendo que nenhum fica registado na unidade de disco do utilizador. As informações obtidas por meio destes "cookies" servem para analisar tipos de tráfego no site, oferecendo assim uma melhor experiência de navegação, melhoria de conteúdos disponibilizados e maior facilidade de utilização.

 

Este Site utiliza cookies para outras finalidades?

Não. Os cookies utilizados não armazenam qualquer informação pessoal dos utilizadores, considerada sensível. Da mesma forma, também não utilizamos cookies para encaminhar publicidade aos nossos utilizadores, seja para fins publicitários próprios ou de terceiros.

No entanto utilizamos cookies de terceiros, nomeadamente do google que permitem analisar estatisticamente a utilização do site e armazenam informações relativas ao comportamento do usuário com o objetivo de conhecer hábitos de navegação e por eventualmente mostrar-lhe publicidade relacionada com o seu perfil de navegação.

 

Quem tem acesso à informação armazenada nos cookies?

A informação armazenada pelos nossos cookies é utilizada exclusivamente pelo próprio utilizador enquanto navega no site, sendo eliminada quando este termina a sua sessão no browser de Internet.

A informação armazenada por cookies de terceiros, nomeadamente pelo Google é transmitida e armazenada pela Google Inc. (uma empresa dos Estados Unidos da América), pelo que sugerimos uma consulta à página de privacidade da Google Analytics, https://developers.google.com/analytics/devguides/collection/analyticsjs/cookie-usage.

 

É possível desactivar a utilização de cookies?

Sim, os cookies podem ser desactivados no seu browser. No entanto, ao realizar esta acção, deixa de contribuir para a melhoria contínua que pretendemos oferecer sempre aos nossos clientes e algumas funcionalidades poderão deixar de estar acessiveis.

Para bloquear ou apagar os cookies, pode fazê-lo modificando a configuração do seu browser no menu “Preferências” ou “Ferramentas”. Para mais detalhes sobre a configuração dos cookies, consulte o menu “Ajuda” do seu browser.

Nos links seguintes poderá encontrar informação mais detalhada de como configurar ou desactivar "cookies" em cada browser: