Organização acelera obras depois de várias delegações se queixarem que a Aldeia Olímpica não estava em condições.
A dez dias dos Jogos Olímpicos, as delegações começam a chegar ao Rio de Janeiro e a encontrar os primeiros problemas. A Aldeia Olímpica, dizem, não está em condições para receber atletas, o que já tem provocado muita polémica em torno da organização do evento.
Situada no Bairro da Tijuca, a Aldeia Olímpica é composta por 31 edifícios e 3.604 apartamentos.
A seleção sueca, que foi das primeiras a chegar, acabou por deixar mesmo a Aldeia Olímpica e ir instalar-se em condomínios próximos, queixando-se do estado das casas-de-banho, da limpeza e dos acabamentos.
Problemas na canalização e ao nível elétricos foram, também, levantados por outras delegações, como a australiana e argentina.
As equipas italiana e neozelandesa foram mais longe e resolveram pôr mãos à obra, contratando eletricistas e canalizadores para finalizarem as obras.
A delegação portuguesa também teve problemas. Em declarações ao Expresso, João Garcia, chefe da missão lusa disse que os apartamentos estavam sujos e não tinham água.
Até os brasileiros se queixaram da falta de limpeza, obrigando alguns atletas a mudarem-se.
Organização admite falhas
Entretanto, Rodrigo Tostes, diretor executivo de operações dos Jogos, reconheceu que há 15 edifícios da aldeia olímpica que ainda não estão prontos, mas que até quinta-feira a situação estaria resolvida.
“Todos os Jogos têm problemas no início devido ao elevado número de pessoas que chegam ao mesmo tempo”, disse.
O início dos Jogos está marcado para dia 3 de agosto, mas a cerimónia de abertura decorre a 5, no renovado Estádio do Maracanã. Os Jogos terminam a 21 de agosto e, entre 7 e 18 de setembro, terão lugar os Jogos Paralímpicos.