Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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“Aprendemos sempre com as fases difíceis” – Leonor Freitas

Por: Mafalda Marques

Empresária e guerreira, Leonor Freitas partilha com a PME Magazine o empenho em tornar todos os funcionários da Casa Ermelinda Freitas em agentes de saúde.

PME Magazine – Como está a Casa Ermelinda Freitas a lidar com esta situação de emergência?

Leonor Freitas – Tal como todas as empresas em Portugal, com grande apreensão. Estamos como todo os portugueses e empresas, mas com grande união para cada um ser um agente de saúde e minimizar os problemas que possam acontecer. Em primeiro lugar está sempre a saúde, o fundamental é resolvermos o problema de saúde pública que agora enfrentamos e, depois desta fase passada, a Casa Ermelinda Freitas vai enfrentar todos os problemas como sempre enfrentou e resolver os mesmos como sempre resolveu. O problema da saúde pública é prioritário!

PME Mag. – Que medidas de contingência adotaram na produção antes da emergência ser declarada?

 L. F. – A nossa grande preocupação foi alertar e educar os nossos colaboradores para que tomassem todas as medidas de orientação criadas pela Direção-Geral de Saúde. Criámos um plano de contingência em que todos os nossos colaboradores foram agentes ativos e participativos de modo a que eles se tornem agentes de saúde. Neste momento, trabalhamos de modo a que a empresa esteja dividida por dois turnos, para que nenhum [grupo] se encontre, havendo sempre grande desinfeção na mudança dos mesmos. Temos a dizer que todos os colaboradores têm aderido muito bem a todas implementações do plano de contingência. Temos lutado diariamente para que não nos falte nenhum material de proteção, não tem sido fácil, mas temos conseguido. 

Produção não pára

PME Mag. – Estão a produzir ou pararam?

L. F.- Continuamos a trabalhar da melhor forma, mas com todas a precauções necessárias nestes momentos, precauções estas implementadas através do plano de contingência criado pela Casa Ermelinda Freitas. Tudo faremos para que se consiga não parar, para que os nossos funcionários não fiquem sem trabalho, de modo a que os nossos consumidores possam continuar a usufruir dos vinhos da Casa Ermelinda Freitas.

PME Mag. – Têm colaboradores a trabalhar remotamente?

L. F. – Na Casa Ermelinda Freitas todos os colaboradores a quem foi possível aplicar o teletrabalho foi feita essa aplicação, pois assim reduzimos o risco de propagação da epidemia, tendo sido criadas todas as condições para que os mesmos possam continuar a trabalhar normalmente e dar a sua colaboração à empresa.

PME Mag. – Estão a assegurar as entregas?

L. F. – Não vendíamos online e estamos a estudar a implementação da mesma uma vez que, como compreende, os nossos vinhos têm grande locação em todo o país e são de fácil acesso, daí não ter existido até à data essa necessidade. Com estas mudanças que o Covid-19 tem forçosamente aplicado, é claramente uma vertente que temos de pensar de futuro. 

PME Mag. – Continuam a assegurar a entrega em retalho ou sentiram a quebra na procura?

L. F. – É inevitável não sentirmos quebra nas vendas, pois sabemos que a restauração e o turismo forçosamente estão a sofrer uma grande crise e esta tem repercussões nas nossas vendas. Mas tudo estamos a fazer para colaborar com os nossos parceiros de modo a minimizar os prejuízos que todos sentimos. 

Eventos talvez no último trimestre

PME Mag. – Quando forem retomados os eventos e provas de vinhos, que medidas vão adotar?

L. F. – A Casa Ermelinda Freitas tem a pedir desculpa aos nossos consumidores e a todas as pessoas que nos tencionavam visitar, mas foi indispensável cancelar as nossas visitas. A saúde pública está em primeiro lugar. Mas assim que estejam acauteladas todas as condições de saúde iremos dar continuidade, com todas as precauções que na Casa Ermelinda Freitas já existiam, uma vez que as visitas se passam distante da vinificação, da produção. Mas, claro, iremos ainda estar mais atentos a que tudo seja melhorado tendo em conta a saúde publica. Nós aprendemos sempre com as fases difíceis que temos de atravessar na vida. 


PME Mag. – Os festivais de verão estão a ser cancelados. Mantêm ainda presença em algum evento até final do ano?

L. F. – Estamos a cancelar todos os eventos que tínhamos programado. O segundo semestre ainda estamos a analisar e, principalmente, o último trimestre, pois julgamos que, para essa altura, ainda é muito cedo para cancelar eventos. A Casa Ermelinda Freitas irá acompanhar aquilo que se vai passando na sociedade e conforme cancelou todos os eventos do seu centenário, se necessário, cancelará todos os seus eventos. Não fará mais do que a sua obrigação do que acautelar a saúde dos portugueses.  

Mensagem especial de Leonor Freitas

A empresária deixou, ainda, uma mensagem especial aos leitores da PME Magazine.

“Sendo eu uma pessoa positiva não posso deixar de dizer que não estou preocupada, mas após passarmos esta dolorosa crise não irei cruzar os braços e, em conjunto com a minha equipa, tudo faremos para recuperar os prejuízos e continuarmos a ir ao encontro dos nossos consumidores a quem eu, neste momento, dou uma palavra de ânimo e desejo que se encontrem bem e colaborem com todas as medidas de saúde para que, no futuro, possamos continuar a partilhar a nossa amizade através de um produto que, bebido com moderação, até faz bem à saúde, que é o vinho da Casa Ermelinda Freitas.”

Recorde a edição de outubro de 2019 onde Leonor Freitas foi figura de capa.

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