A Covid-19 vai fazer com que as empresas portuguesas operem algumas mudanças na área dos benefícios dos seus colaboradores. A conclusão é de um estudo realizado pela Willis Towers Watson a nível global.
Segundo o “2020 Covid-19 Benefits”, 57% das organizações de Portugal planeiam ajustar os benefícios concedidos aos colaboradores, com o foco na melhoria dos programas de bem-estar e dos benefícios para os recursos humanos a curto prazo.
O estudo mostrou, ainda, que cerca de 50% das empresas portuguesas preveem um impacto bastante negativo no desempenho dos seus negócios, nos próximos seis meses, pelo que o foco vai continuar a ser a estabilização da atividade empresarial. Este estudo mostrou ainda que cerca de 49% das empresas preveem que os efeitos negativos continuem no ano seguinte.
Atualmente, as empresas enfrentam os desafios através de uma maior flexibilização do regime de teletrabalho, de um faseamento do regresso e de uma comunicação mais sistemática. Além disso, os colaboradores são ouvidos com maior frequência, através de inquéritos internos, que permitam definir soluções que deem resposta aos seus receios e necessidades.
Miguel Albuquerque, health and benefits director na Willis Towers Watson Portugal, refere que “a pandemia está a ter um impacto muito expressivo no mundo empresarial. Nas áreas dos recursos humanos aquilo que eram simples tendências passaram a ser uma evidência, obrigando as empresas a adaptarem-se a novas realidades e desafios. Estas mudanças rápidas sobrecarregam os líderes que têm de tomar decisões críticas em ambiente de grande incerteza e os colaboradores que têm de se adaptar a formas totalmente diferentes de trabalhar, sujeitos a equilíbrios muito ténues entre as suas vidas profissionais e pessoais”.
Segundo os resultados do estudo, os colaboradores, no futuro, vão ainda beneficiar de maior flexibilidade relativamente ao local onde realizam o seu trabalho e em termos de horário. As ferramentas virtuais adicionais vão permitir que lidem melhor com os desafios do teletrabalho, como a solidão e o stress.
Além disso, as empresas portuguesas estão a implementar outras medidas para apoiar os seus colaboradores, tais como o estímulo ao teletrabalho, através do aumento da frequência de videoconferências para fins profissionais ou não profissionais, o financiamento do bem-estar, promovendo ajuda financeira e serviços de orientação.