Com a possibilidade de um prolongamento do confinamento até abril, resultando na suspensão das atividades das empresas, os setores em maior crise reforçam os pedidos de apoio ao Governo. As associações setoriais fizeram um apelo para que o Governo reforçasse os apoios aos trabalhadores, alertando para a urgência na adoção de medidas.
A secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares em Portugal (AHRESP), Ana Jacinto, reforça a preocupação com as atividades em risco de sobrevivência, afirmando que os apoios em vigor “são manifestamente insuficientes”, sendo necessária a ação do Governo para “salvar muitas das 120 mil empresas deste setor e muitos dos 400 mil postos de trabalho”.
Esta situação, de acordo com o Presidente da Confederação do Comércio, Vieira Lopes, apresenta “efeitos económicos brutais no setor e em toda a atividade económica”, pelo que “terá de haver um plano mais forte de reforço das medidas”. Vieira Lopes acrescenta, ainda, que “os apoios têm que abranger a área fiscal, já que muitas empresas não têm condições de cumprir as obrigações”, pelo que as medidas devem contemplar um reforço a fundo perdido.
As empresas encerradas defendem que novas e reforçadas medidas de apoio são essenciais para evitar o colapso das mesmas, que não conseguem, sem o auxílio do Governo, reverter a situação provocada pela pandemia.
