Por: Mafalda Marques
De tasca itinerante tem pouco, pois já nos habituámos a vê-la estacionada na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa. Esta carrinha tem pinta, prima pelo fado e petiscos e já é presença assídua nos mercados gourmet. Um conceito original que o mentor, Fernando Sousa, explica em exclusivo à PME Magazine.
PME – Como nasceu o conceito Tasca Itinerante?
Fernando Sousa – Este conceito nasceu da necessidade e a necessidade aguça o engenho! Em 2012 fiquei desempregado e regressar ao mercado de trabalho por conta de outrem revelou-se impossível, atendendo à crise que assolou (e ainda assola) Portugal. Constatando esta realidade tentei pensar num negócio que pudesse criar. Verifiquei que cada vez mais Lisboa estava na moda, sendo invadida por turistas, que os nossos vinhos e gastronomia faziam furor pelos quatro cantos do mundo. Esse era o mote! Um negócio cujo público fosse maioritariamente o turista. Mas o quê e como? Teria de ser algo diferente e inovador. Foi então que surgiu a ideia: um conceito sobre rodas para ter mobilidade, dinamismo e algo que fosse apelativo – uma food truck [n. d. r. uma carrinha de comida]! Era algo que não existia, ou que estava numa fase muito embrionária em Portugal. Foi o início de uma epopeia.
PME – Como mantém o contacto com os seus clientes?
F. S. – Pese embora o target definido fosse maioritariamente os turistas, os portugueses também fazem parte desta equação. Somos bons garfos! Desde o primeiro instante, no 1.º Festival Europeu de Street Food que se realizou nos Jardins do Casino do Estoril em abril 2015, onde inaugurámos, foi uma experiência fantástica em que o público português aderiu ao nosso conceito e desde lá que temos seguidores! O contacto é maioritariamente realizado através das redes sociais que vamos ‘alimentando’ quase diariamente!
PME – Procura os eventos que melhor se adaptam ao seu serviço ou persegue algum posicionamento?
F. S. – Marcamos pontualmente presença em eventos. Na escolha dos eventos tentamos cumprir critérios de racionalidade: localização, nomeadamente a distância a percorrer, pois a logística é um fator muito importante, custo/benefício perspetivado, quantidade de outras food trucks presentes versus número de visitantes estimado e horários.
Leia a entrevista na íntegra na edição digital da PME Magazine.