Quarta-feira, Dezembro 4, 2024
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36% das empresas de restauração admite insolvência

De acordo com um inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, cerca de 36% das empresas de restauração pretendem pedir insolvência. A atual crise pandémica tem levado a um esforço que muitas admitem não conseguir suportar, não tendo capacidade para fazer face à quebra de faturação nem, consequentemente, ao pagamento de salários.

Mais de um terço das empresas de restauração não está a conseguir fazer face à atual situação pandémica, pelo que admitem pedir insolvência uma vez que não conseguem cumprir o pagamento dos salários dos seus colaboradores, dada a quebra de faturação registada ao longo do último ano.

De acordo com um estudo da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), os inquéritos realizados apontam para que 17% destas empresas não tenham conseguido pagar os salários aos seus colaboradores no decorrer dos últimos meses, com 14% a afirmarem ter pago apenas uma parte.

Os dados analisados apontam para que, no último ano, uma média de 40% das empresas deste setor tenham demonstrado quebras de faturação mensais homólogas superiores a 80%, sendo que cerca de metade indica não ter capacidade para suportar os encargos operacionais.

Ainda perante a mesma análise, a associação aponta para que, depois do verão passado, se tenha assistido a uma intensificação dos despedimentos, com cerca de 27% das empresas inquiridas a afirmar que já realizaram estes processos.

De acordo com a AHRESP, este é um cenário que se explica pelo facto de que, nos últimos 12 meses, mais de 30% das empresas não tenham tido ocupação nos seus estabelecimentos, sendo que 27% afirmam ter apresentado uma ocupação média de 10%.

O cenário analisado é idêntico ao do setor turístico, com quebras de faturação médias acima dos 80% para cerca de 61% das empresas inquiridas. Além disso, no turismo, a matéria dos salários foi mais fortemente afetada, pelo que 26% destas empresas indicam que não conseguiram pagar os salários ao longo do último ano, tendo 18% das mesmas sido forçadas a efetuar despedimentos.

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