O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou ontem ao país que o estado de emergência não vai ser renovado, passando assim Portugal para estado de calamidade.
Foi ontem à noite que o Presidente da República anunciou que não vai propor a renovação do estado de emergência. Recorde que o 15º estado de emergência está em vigor até à próxima sexta-feira, dia 30 de abril às 23:59, perfazendo um total de 173 dias.
“Ouvidos hoje de manhã os especialistas, à tarde os partidos com assento na Assembleia da República e, naturalmente, ao longo destas semanas, o Governo, tudo isto visto e ponderado, decidi não renovar o estado de emergência”, foi assim que Marcelo comunicou o final do estado de emergência, a partir de Belém.
O chefe de Estado elogiou o sacrifício consciente de milhões de portugueses desde novembro, afirmando que, por já ter decorrido mais de um mês sobre a Páscoa e a primeira abertura das escolas, o passo tomado é “baseado na confiança”, reiterando que “cada abertura implica mais responsabilidade”. O Presidente enalteceu ainda a “fase de luminosidade crescente” em que Portugal se encontra.
Assim, Marcelo Rebelo de Sousa deixa um apelo: a necessidade de “manter ou adotar todas as medidas consideradas indispensáveis para impedir recuos, retrocessos”, pois “se necessário for, não hesitarei em avançar com novo estado de emergência, se o presente passo não deparar ou não puder deparar com a resposta baseada na confiança essencial para todos nós”.
O Presidente frisou ainda que não estamos “numa época livre de Covid, livre de vírus” pelo que “podemos infetar os nossos contactos e permitir que a doença continue a transmitir-se”, acrescentando que “enfrentamos, ademais, o risco de novas variantes menos controláveis pela vacina”.
Relembre que a última etapa do plano de desconfinamento está prevista para a próxima segunda-feira, dia 3 de maio.