A iniciativa Re-Source, da Sociedade Ponto Verde (SPV), pretende aliar instituições públicas e privadas com startups de todo o mundo, de modo a promoverem “novas soluções para categorias específicas de resíduos”, indo ao encontro da transição verde e digital estabelecida pela União Europeia (UE).
O projeto Re-Source, criado pela Sociedade Ponto Verde e a consultora Beta-i, junta várias entidades que irão colaborar com startups mundiais “na criação de projetos-piloto que visem aumentar as taxas de reciclagem junto dos consumidores e dar origem a novas soluções para categorias específicas de resíduos”. O programa pretende cumprir com as necessidades de transição ambiental e digital estipuladas pela UE.
Por sua vez, estas empresas, que pertencem tanto ao setor público como ao privado, são participantes ativas no que concerne à economia circular. De acordo com a nota de imprensa, estas empresas estão “envolvidas na cadeia de valor do setor e conectadas aos desafios de inovação identificados pelo projeto, estas entidades viram no Re-Source uma oportunidade de acelerar a sua transição verde e digital”.
“É com bastante satisfação que contamos com a força e expressão destes parceiros que representam o setor público, privado e instituições comprometidas com tornar o país ambientalmente mais responsável. É, sem dúvida, graças ao seu papel na cadeia de valor da economia circular, que conseguiremos medir o sucesso deste projeto, bem como implementar no mercado soluções com impacto”, afirmou a CEO da SPV, Ana Trigo Morais.
Também Pedro Rocha Vieira, CEO e Co-Founder da Beta-i, confirma que “o princípio da inovação colaborativa é colocar diferentes perspetivas e entidades a trabalhar em conjunto. Acreditamos que temos do nosso lado os parceiros certos para, em conjunto com startups de qualquer lugar do mundo, contribuirmos de forma concreta para a evolução do processo de reciclagem de resíduos em Portugal”.
Ao projeto da SPV e da consultora de inovação Beta-i aliar-se-ão as empresas e as startups selecionadas para durante quatro meses se construir “projetos-piloto que deem resposta a temas como a simplificação do processo de separação de materiais recicláveis (através da digitalização, da gamificação ou do reforço do conhecimento dos consumidores)”.
Para além destas práticas, a preocupação para com a deposição de embalagens nos ecopontos, a redistribuição dos pontos de coleta, “a rastreabilidade, preservação e comercialização de garrafas de vidro sobre lógica circular”, o desenvolvimento de novos produtos a partir de plásticos reciclados, são algumas das propostas que as instituições e startups pretendem melhorar.
Após a produção destas soluções, os projetos serão apresentados “ao ecossistema empreendedor e testada no contexto real, com o apoio de cada parceiro”.
Por sua vez, o programa Re-Source pretende que as soluções obtidas vão ao encontro dos seus desafios previamente estabelecidos, que chamam a atenção para a sensibilização do consumidor, no sentido de “assegurar uma maior taxa de separação de resíduos de embalagens”, e soluções de retoma específicas, que contribuam para o aumento da “circularidade de embalagens de vidro, alumínio e as diversas tipologias de plásticos”.