Domingo, Novembro 24, 2024
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Supercomputação pode tornar a indústria mais competitiva

O estudo conduzido pela Universidade de Coimbra (UC) e Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE), concluiu que através da supercomputação se podem gerar “ganhos substanciais de tempo de simulação”.

O estudo realizado no âmbito do projeto TOOLING4G, elaborado pela Universidade de Coimbra (UC) em parceria com o Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (CENTIMFE), concluiu que “o uso da supercomputação leva a ganhos substanciais de tempo de simulação, potenciando ganhos de produtividade e de competitividade”, sobretudo nas indústrias de moldes e plásticos.

O projeto português TOOLING4G é a primeira iniciativa a ser aprovada pela SHAPE da rede europeia de computação avançada PRACE (Partnership for Advanced Computing in Europe), que procura “demonstrar as vantagens da utilização de recursos de Computação de Alto Desempenho (HPC), vulgarmente designada por supercomputação, para resolução de problemas industriais complexos, em particular das pequenas e média empresas (PME)”.

Segundo a nota de imprensa, o estudo incidiu numa simulação dinâmica de fluidos computacionais para as indústrias de moldes e plásticos, “nomeadamente no desenvolvimento de uma nova geração de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) para automóveis, muito mais silenciosos do que os atuais”.

Para Rui Tocha, o diretor-geral do CENTIMFE, os resultados obtidos comprovam a “relevância para as indústrias dos moldes e plásticos, uma vez que foi claramente demonstrado que o recurso à computação de alto desempenho permite desenvolver e analisar novos conceitos durante as etapas iniciais de projeto, reduzindo ou evitando alterações posteriores que apresentam custos mais significativos”.

Pedro Vieira Alberto, o diretor do Laboratório de Computação Avançada da UC, sublinha que, com este projeto, se “comprova que o uso da computação de alto desempenho traz grandes benefícios para a indústria nacional, tornando-a mais competitiva”, sublinhando que “o HPC permite melhorar processos e aumentar a produtividade, bem como reduzir custos e aumentar a qualidade e a velocidade da produção”.

No que toca às PME, o diretor-geral do CENTIMFE acredita que estas “não dispõem de recursos informáticos avançados para realizar este tipo de cálculos complexos, a utilização de HPC pode fornecer às PME ferramentas essenciais para resolver problemas complexos”.

Por sua vez, o diretor do Laboratório de Computação afirma que a utilização da supercomputação nas PME portuguesas “cria novas competências na área em Portugal, uma vez que, atualmente, para efetuar estes tipos de cálculo sofisticados, a indústria tem de recorrer a empresas estrangeiras”.

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