Um novo relatório da consultora global Robert Walters – “Um Guia para o Trabalho Híbrido: Obstáculos e Soluções” – que entrevistou 2.000 profissionais a fim de identificar os sintomas de disfunção no trabalho híbrido refere que quase metade dos profissionais acreditam que este método não é viável.
Dois terços das empresas (63%) apontadas no estudo adotaram ou estão em processo de implementação de um modelo de trabalho híbrido, contudo 40% dos profissionais declararam que a metodologia e as ferramentas de trabalho para a passagem para um modelo híbrido precisam de ser melhorados.
Na realidade, 55% dos trabalhadores sentem que o modelo atual não está atualizado o suficiente para ajudar a alcançar o equilíbrio necessário entre a sua vida pessoal e profissional – com muitos profissionais alegando que “o modelo de trabalho construído à pressa levou a um trabalho mais intenso no dia a dia, adquiridos pela necessidade de cumprir agora reuniões presenciais e virtuais”.
A pandemia mudou completamente o panorama profissional no que toca ao local de trabalho, sendo que 85% dos profissionais agora esperam como padrão mais flexibilidade para trabalhar em casa após a pandemia – com 78% dos profissionais declarando que não aceitariam um novo emprego até que isso fosse acordado antecipadamente com o seu potencial empregador.
Outra das novas realidades é que, de acordo com o estudo, 42% dos funcionários disseram que vão procurar outra oportunidade se o teletrabalho for totalmente removido do seu atual empregador.
François Pierre-Puech, country manager da Robert Walters Portugal comenta: “À medida que avançamos para a flexibilização da maioria das restrições, parece que a ‘corrida começou’ para que os empregadores definissem o seu estilo de trabalho. Nos últimos 18 meses, vimos várias corporações fazerem declarações firmes sobre o retorno ao escritório – mesmo dentro do mesmo setor, como serviços financeiros, onde a postura difere significativamente de empresa para empresa.”
O relatório da Robert Walters descobriu que muitos funcionários ainda não sabem os planos de seu empregador para o trabalho pós-pandemia – com 40% afirmando que ainda não sabem sobre qualquer mudança e outros 28% afirmando que o que ouviram permanece vago.
De acordo com o relatório, o novo modelo de trabalho híbrido sub pesquisado e subestimado resultou num sentimento de exaustão na força de trabalho.