Por: Margarida Duarte
Decorreu, esta quarta-feira, a 4.ª edição do Encontro de Transformação Digital, transmitido online e organizado pelo Grupo EAD, com Paulo Veiga, CEO e fundador do grupo, como moderador.
Paulo Veiga começou por explicar o porquê do tema do evento, “A Transformação Digital em Equação: Inovação + Privacidade = Maturidade”: “Há pessoas para quem a inovação tem um determinado conceito e um determinado percurso. Temos entendimentos diferentes sobre o que é a privacidade, hoje, e como é que se transforma e equilibra umas destas duas variáveis para que se obtenha uma maturidade e a equação seja verdadeira”.
Um dos oradores convidados foi Rui Ribeiro, diretor-geral da IP Telecom, que falou sobre como é difícil gerir a privacidade no meio de tanta transformação, mudança e rapidez, pois “a aceleração das inovações está como nunca esteve e é provavelmente uma das maiores dificuldades que o ser humano está a ter em acompanhar”.
Falou, ainda, sobre as empresas de 20/30 anos, que continuam com uma mentalidade e métodos tradicionais, que na maioria das vezes não acompanham os novos modelos de negócio que estão a surgir: “Uma empresa é uma equação, é uma função matemática. Processa dados, passa informação, conhecimento e sabedoria em tempo real”.
E acrescentou: “O Facebook, o Google, estão onde estão porque são provavelmente as melhores empresas que trabalham em tempo real. Injetam dados, controlam os seus clientes, influenciam-nos como se fossem marionetas, e é isto que assusta o mundo”.
Filipe Barata Pereira, head of Digital LEAD and Protection na LCG Consulting, respondeu à segunda pergunta: “Onde deve terminar a nossa privacidade e começar a dos outros?”. O responsável afirmou que a privacidade é fundamental e reconhecida como um direito, sendo que existe “falta de maturidade e as pessoas têm receio daquilo que devem ou não devem partilhar”.
O círculo de oradores contou também com Clara Branco, responsável pelo departamento de consultoria da EAD, falando principalmente da evolução dos profissionais e das dificuldades que estes enfrentam devido às transformações digitais.
“A velocidade das máquinas é diferente da velocidade do ser humano e em termos de cultura organizacional os profissionais não acompanham a velocidade das máquinas.”, explica Clara Branco.
O papel da liderança dentro das organizações surgiu também em conversa, sendo que a responsável de consultoria do Grupo EAD referiu como os profissionais têm a responsabilidade de se desenvolverem, “de alargar os horizontes, saber comunicar como um líder de topo e saber o que se passa a nível de inovações, pois estas são as questões do futuro”.
Já Rui Ribeiro, também sobre esta tema aferiu que “todo e qualquer projeto necessita de um líder de topo, de alguém visionário que pelo menos tenha uma estratégia”.
Em género de conclusão, Paulo Veiga realçou a importância da inovação das organizações na sociedade e no estado, dizendo: “As empresas que não evoluem definham e morrem”.