A diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), Andrea Ammon, disse, esta quarta-feira, que deve ser administrada uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 a todos os adultos, dando prioridade aos maiores de 40 anos.
Este reforço deve ser dado após a segunda vacina, com uma flexibilidade até cinco meses, segundo Marco Cavaleri, responsável pela estratégia de vacinas na Agência Europeia de Medicamentos.
A posição nas recomendações das agências mudou, uma vez que não havia ainda em setembro a urgência de administrar novas doses de reforço para a população em geral.
“A questão é que, em setembro, ainda não estavam disponíveis novos dados de Israel e do Reino Unido que demonstram um aumento da proteção contra a infeção e contra a doença grave depois da toma de uma dose de reforço em todos os grupos etários”, afirmou a diretora Andrea Ammon.
Ursula von de Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que o processo de vacinação na Europa deverá ser reforçado para que se consiga controlar a pandemia.
“Queremos convencer as pessoas a serem vacinadas. As doses de reforço devem estar disponíveis para adultos, com prioridade para as pessoas com mais de 40 anos. Outra das prioridades é a vacinação de profissionais de saúde”, escreveu von der Leyen na rede social Twitter.
Não obstante, a União Europeia está na iminência de ficar na zona de “risco muito elevado” de contágio. De acordo com um relatório publicado pelo ECDC, a propagação da variante Delta será elevada nos meses de dezembro e janeiro.
“Sem alterações nas taxas de contacto em relação aos níveis atuais, estimamos que os países com o nível mais elevado de cobertura vacinal de mais de 80% estão em ‘risco acrescido’, enquanto os com os níveis de cobertura vacinal inferiores a 80% estão em ‘alto risco’”, segundo consta no relatório.
Andrea Ammon afirma que menos de 70% da população da União Europeia está vacinada e que as pessoas não-vacinadas representam um maior risco para a propagação do vírus. Todas as recomendações da ECDC deverão ser tidas em conta pela Comissão Europeia e, no final da semana, serão apresentadas novas mudanças nas condições de utilização dos certificados digitais da Covid-19.
