Sexta-feira, Dezembro 27, 2024
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Em 2021 nasceram 41.656 novas empresas em Portugal

Portugal teve um crescimento de 9,6% nas empresas criadas em 2021, relativamente ao ano de 2020, num total de 41.656 novas empresas, de acordo com o Barómetro da Informa D&B. No entanto, continua a ser uma percentagem menor em 15,9% em relação ao ano de 2019, antes da pandemia.

Em 2021, os setores das atividades imobiliárias, da agricultura e outros recursos naturais  e o de tecnologias da informação e comunicação, foram os que conseguiram ultrapassar o nascimento de novas empresas em 2019. No setor das atividades imobiliárias, em 2021,  houve um aumento de 31,8% (5316 novas empresas) em relação ao ano de 2020 (4033 novas empresas) e em relação a 2019, o aumento foi de 5,4% (5042 novas empresas). Este é o segundo setor com um maior número de criação de novas empresas. Não considerando os grandes centros urbanos como Lisboa, Porto e Coimbra, este crescimento tem sido notado em todo o país.

No setor da agricultura e outros recursos naturais, houve um decréscimo de 4,4% quando comparados os anos de 2019 (1554 novas empresas) e 2020 (1486 empresas), mas ao comparar os anos de 2020  e 2021 (1581 novas empresas), consegue-se observar um aumento de 6,4%. No setor da tecnologia da informação e comunicação (TIC), ao comparar o ano de 2021 com o ano de 2019, verifica-se um crescimento de 3,4%, isto é, nasceram 2524 novas empresas em 2021. Comparando com 2020, observa-se um crescimento de 20,1%. O subsetor da informática foi o que mostrou maior crescimento, com especial relevância nos distritos do Porto, Funchal e Santarém.

O destaque nestes setores deve-se “porque estão a conseguir retomar o crescimento expressivo que registavam antes da pandemia na criação de novas empresas”, avança Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, citada em comunicado.

Transportes e alojamento e restauração em queda

No entanto, também há setores que não conseguiram empreender, como os setores dos transportes, do alojamento e restauração e também dos serviços gerais, que foram e continuam a ser afetados pela pandemia. No setor dos transportes, registou-se um retrocesso de 55% na criação de novas empresas, quando comparado com os anos de 2019 (4370 novas empresas) e 2021 (1955 novas empresas). Sendo que a diferença entre 2020 (1942 novas empresas) e 2021 (1955 novas empresas) é muito menor, mas positiva (0,67%). Já no setor de alojamento e restauração, a queda foi de 27%, quando comparados os dados de 2021 (3758 novas empresas) e 2019 (5167 novas empresas) e nos serviços gerais de 26%, quando comparado o ano 2021 (5292 novas empresas) ao ano 2019 (7112 novas empresas). 

Insolvências e encerramentos também caem

Com os apoios que o Estado tem vindo a dar às empresas desde o início da pandemia, o número de insolvências, em 2021 (1951), diminuiu 11,3%, registando valores inferiores a 2019 (2199 insolvências), isto é, menos 248 novos casos. Ao comparar 2021 com 2020, existe uma descida de 14,1%, o que representa menos 321 novos casos. Os setores que apresentam níveis superiores de insolvência, em 2021, são o de alojamento e restauração, com mais 90 casos e também os dos serviços gerais, com mais de 31 novos casos, comparativamente com o ano de 2019.

No ano de 2021, 12.900 empresas encerraram, menos 13,6% de encerramentos do que as 14.930 empresas que fecharam em 2020. Comparando com 2019 (17.805 empresas encerraram), a quebra é de 27,5%. O único setor que registou mais encerramentos em 2021 (1445), comparativamente com o ano de 2020, foi o da construção, ano em que encerraram 1312 empresas. 

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