Por: Susana Ferreira, diretora de marketing e comunicação da Nova SBE Executive Education
Não conseguimos adivinhar o que nos espera em 2022, contudo, sabemos que o teletrabalho veio para ficar. Forçadamente no início de janeiro, mas tudo parece apontar para um futuro em que o escritório estará presente na vida dos funcionários em regime híbrido, algumas vezes remotamente, outras, presencialmente. Por isso, será decerto pertinente colocar as lições aprendidas no último ano e meio em prática, para assegurar uma liderança eficaz, porque um bom líder num contexto físico não o é necessariamente em contexto remoto.
A liderança remota deve ser, essencialmente, focada nas pessoas. A comunicação com os colaboradores “não tem de ser uma coisa em excesso, deve tratar-se de criar tempo e espaço para que a equipa tenha conversas que pode não estar a ter” e assegurar que ultrapassa o hiato de empatia criado pelas relações online1. Claro que este tipo de comunicação não é tão profundo como o presencial, contudo, apesar de todos os desafios, pode trazer várias oportunidades.
Segundo Milton de Sousa, associate professor da Nova SBE, se é certo que a distância física pode promover o isolamento, também é verdade que a democratização dos processos de comunicação conquistada com o trabalho remoto pode dar mais espaço a colaboradores mais tímidos e ajudar a criar uma cultura de partilha. Para garantir que estes benefícios ultrapassam os desafios, é preciso que a liderança no remoto assegure três componentes: eficácia, sentido de pertença e autonomia. E para isto é preciso comunicar – deliberadamente e consistentemente.
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