INE publicou relatório sobre a atividade agrícola de 2015.
A campanha agrícola portuguesa 2014/2015 registou um balanço positivo, com o rendimento a aumentar, porém, a balança comercial continua deficitária.
Segundo a publicação Estatísticas Agrícolas – 2015, do Instituto Nacional de Estatística (INE), o rendimento da atividade agrícola, por unidade de trabalho ano (UTA), registou um acréscimo de 3,1% em relação a 2014. A UTA equivale ao trabalho de uma pessoa a tempo completo realizado num ano medido em horas (1 UTA = 240 dias de trabalho a 8 horas por dia).
“A evolução estimada reflete o efeito conjugado do aumento nominal do Valor Acrescentado Bruto (VAB) a preços de base (+4,5%), da diminuição dos subsídios (-7,4%) e do decréscimo do volume de mão-de-obra agrícola (-3,7%). A evolução nominal positiva do VAB traduz o acréscimo da produção do ramo agrícola (+2,2%) superior ao aumento do consumo intermédio (+0,8%)”, refere o INE.
Já a balança comercial dos produtos agrícolas e agroalimentares melhorou 27 milhões de euros em relação ao período homólogo, mas continua com um défice de 3,2 mil milhões de euros.
O maior défice regista-se nas “carnes, miudezas e comestíveis”. Em sentido contrário, o maior excedente é nas “preparações de produtos hortícolas, de frutas e de outras partes de plantas”.
Espanha é o maior fornecedor de produtos agrícolas e agroalimentares, com uma quota de 48,1%, sendo também este o principal cliente de Portugal (36.6%). Segue-se Angola (9,4%) e França (9,2%).