Por: Ana Rita Justo e Sara Fonseca
A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) começa esta quarta-feira, na FIL, em Lisboa, e a Autoridade do Turismo da Tailândia (TAT) vai aproveitar a oportunidade para promover-se junto do mercado português. Para Rosário Louro, representante em Portugal da TAT, o país continua a ser um destino seguro para os turistas passarem as suas férias e está confiante em reconquistar os consumidores.
PME Magazine (PME Mag.) – O que esperam da BTL este ano?
Rosário Louro (R. L.) – A BTL sempre foi uma feira importante para mostrarmos o compromisso da Autoridade de Turismo da Tailândia com o mercado português. Este ano estamos particularmente empenhados em divulgar a reabertura do destino e as condições de segurança que oferece a quem o quer visitar. A Tailândia é desde há muitos anos um dos destinos mais procurados pelos turistas portugueses e o nosso objetivo é mantê-lo nas preferências dos portugueses enquanto destino de longo curso e também do segmento de mercado de luas de mel. Por isso, a diretora do Turismo da Tailândia para o Sul da Europa, Malinee Nitikasetsunthorn, irá marcar presença no stand da TAT, tendo já agendado entrevistas e reuniões com o trade nacional, para reforçar as mensagens de confiança junto dos operadores turísticos e das agências de viagem. Acreditamos que a BTL irá reforçar a união e a retoma dos agentes de turismo em Portugal e, apesar do contexto internacional negativo, estamos otimistas na retoma do destino Tailândia.
PME Mag. – Que importância tem o mercado português para o turismo na Tailândia?
R. L. – Existe uma forte ligação histórica e cultural entre Portugal e a Tailândia, dado que Portugal foi o primeiro país ocidental com quem a Tailândia estabeleceu relações diplomáticas e comerciais há mais de 500 anos. Os tailandeses sempre valorizaram muito esta ligação – que se traduziu entre outros numa importante influência na gastronomia tailandesa – e, por isso, olham para o mercado português com especial carinho. O número de turistas portugueses que visita a Tailândia é obviamente residual se compararmos com destinos como a Alemanha ou o Reino Unido, mas é um número muito expressivo face à dimensão do mercado português. Além disso, o turista português que viaja para a Tailândia tem poder de compra e permanece em média cerca de 15 dias no destino, aspetos que privilegiamos na nossa estratégia de crescimento futuro. Em 2019, a Tailândia foi visitada por mais de 52 mil turistas de nacionalidade portuguesa. A guerra na Ucrânia, o aumento do preço do petróleo e a própria pandemia podem dificultar que se consiga este número em 2022, mas é nosso objetivo recuperá-lo em 2023.
“A Tailândia é desde há muitos anos um dos destinos mais procurados pelos turistas portugueses e o nosso objetivo é mantê-lo nas preferências dos portugueses.”
PME Mag. – Depois da pandemia, como esperam reconquistar o turista português?
R. L. – Estamos razoavelmente otimistas com a reconquista de turistas portugueses, porque diariamente somos contactados por dezenas de consumidores que querem visitar a Tailândia. Ainda este mês vamos levar à Tailândia dez dos maiores operadores turísticos portugueses, para que possam avaliar in loco a segurança do destino. Temos também agendadas press trips e ações de marketing digital dirigidas ao consumidor final. Vamos trabalhar muito de perto com o trade, porque acreditamos que os agentes de viagem são os nossos principais prescritores. Neste período conturbado que vivemos, é provável que muitos viajantes optem por recorrer a agências de viagem, para garantirem a sua viagem em segurança.
PME Mag. – Que ocupação esperam conseguir este ano nas unidades tailandesas?
R. L. – Neste momento é impossível avançar qualquer percentagem. A imprevisibilidade da evolução da guerra na Ucrânia, o aumento do custo das matérias-primas e a própria pandemia não nos permitem grandes certezas quanto ao futuro. Contudo, podemos assegurar que a Tailândia está pronta para receber turistas em segurança e acreditamos que, tendo em conta que estamos longe das principais zonas de conflito, iremos merecer a confiança dos que procuram paz e segurança.