Por: Diana Mendonça
Duplicar o número de startups na economia azul. Atingir dez gigawatts nas energias renováveis até 2030. Aumentar o número de apoios públicos para projetos ligados à sustentabilidade oceânica. Estas foram algumas das metas definidas pelo primeiro-ministro, António Costa, no primeiro dia Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que decorre em Lisboa, esta semana.
“É urgente reconhecer o nexo determinante entre clima e oceano, que nos exige a sua proteção como o principal regulador climático e sumidouro de carbono, mas que nos proporciona também recursos essenciais da nossa estratégia de descarbonização e de autonomia energética. Nesse sentido iremos apostar na produção de energias renováveis oceânicas com vista a atingir dez gigawatts de capacidade até 2030”, afirmou o primeiro- ministro, no seu discurso.
De acordo com o primeiro-ministro, Portugal em parceria com a Agência Europeia de Segurança Marítima irá desenvolver uma zona piloto onde irá controlar as emissões feitas no mar português. Esta medida surge no conjunto de medidas de economia azul a serem desenvolvidas a nível nacional.
Promover o empreendedorismo e o emprego na economia do mar é um dos objetivos do governo, por isso o primeiro-ministro pretende criar um Hub Azul para apoiar startups e projetos ligadas à sustentabilidade oceânica.
António Costa falou ainda do Fórum sobre Economia Azul e Investimento, que se realiza amanhã, dia 28 de junho, no Estoril. Este fórum é “uma oportunidade única de pôr em contacto os investidores e os potenciais beneficiários, permitindo-lhes compreender como podem aceder a financiamentos disponíveis”, explica o primeiro-ministro.
A Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas (ONU) decorre em Portugal até ao dia 1 de julho, na Altice Arena, em Lisboa. O evento foi coorganizado ente Portugal e o Quénia. Poderá acompanhar alguns momentos da conferência no web Tv da ONU.