Quinta-feira, Novembro 28, 2024
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“Os projetos no Médio Oriente são incomparáveis com os da Europa” – Pedro Ribeiro

Por: Eduarda Ramos

Com uma experiência de 28 anos e a liderar projetos no Médio Oriente há 10, Pedro Ribeiro foi nomeado diretor-geral da CBRE KSA, uma empresa Fortune 500 e S&P 500 e das maiores empresas mundiais no setor imobiliário comercial e de investimento, na Arábia Saudita. Inserido na Visão 2030, parte do programa de transformação do governo local, o gestor português estará envolvido em projetos como o The Line, uma construção de 170 quilómetros de empreendimentos tecnológicos, ou o Neom, que visa construir uma cidade do dobro do tamanho de Nova Iorque no meio do deserto. Em entrevista à PME Magazine, Pedro Ribeiro fala sobre o novo desafio profissional e sobre as grandes diferenças entre trabalhar no Médio Oriente e na Europa.

PME Magazine (PME Mag.) – Conte-nos um pouco sobre o seu percurso como gestor de projetos.  

Pedro Ribeiro (P. R.)Desde muito cedo, aos 19 anos, que tive a oportunidade de assumir responsabilidades de gerir equipas. Estudando à noite, e assumindo grandes responsabilidades com uma tenra idade fez com que o meu processo de crescimento enquanto gestor ocorresse muito rápido. Assim cresci mental, física e tecnicamente, o que me permitiu estar disponível para assumir cada vez mais e maiores desafios, no que respeita à localização, tamanho das equipas e dimensão dos próprios projetos. O grande salto ocorreu na mudança para o Médio Oriente, mas na Europa, onde o mercado é mais maduro, aprendi o fundamental e as bases que me permitiram ter sucesso no Médio Oriente.

PME Mag. – Porque decidiu seguir carreira no Médio Oriente? 

P. R. A motivação para crescer e evoluir profissionalmente e ter maiores responsabilidades sempre existiu. Tudo se materializou no fim de 2012 quando fui o escolhido após um processo internacional de head hunting que durou sete meses e cujo objetivo era liderar o maior projeto no Qatar. Nesta altura, a Europa atravessava uma fase difícil, economicamente falando, tendo em conta o impacto da grave crise de 2008, e o ciclo no Médio Oriente era o oposto. Logo, após decisão familiar, decidi aceitar o desafio.

PME Mag. – Existem diferenças entre a gestão de projetos no Médio Oriente e na Europa? 

P. R. Existem. Os projetos no Médio Oriente são maiores e incomparáveis com os da Europa no que diz respeito a tamanho e orçamento disponível para os concretizar. As equipas são significativamente maiores. Os desafios são também maiores tendo em conta o clima (muito calor) e a localização de alguns projetos serem, efetivamente, no meio do deserto.

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