Por: Marta Godinho
Desde 2016 que não se registavam taxas de juros tão altas como agora. A taxa média de juro dos novos contratos de empréstimos à habitação foi de 2,01% em setembro, segundo o Banco de Portugal. Entre julho e agosto, os novos créditos caíram em 11% e recuam para 1205 milhões de euros.
Depois de o Banco Central Europeu (BCE) subir as taxas de juro, as taxas Euribor acompanharam e levaram a que as taxas variáveis em Portugal se alterassem. Estas subidas dos juros nos créditos à habitação podem vir a influenciar o montante disponibilizado para futuros créditos habitacionais, uma vez que estes caíram 11% nos meses de julho e agosto.
Depois de dez meses nos 0,8%, os primeiros sinais da subida foram verificados já em fevereiro deste ano. Os efeitos já se fazem sentir nas famílias portuguesas pelo aumento das prestações da casa em dezenas de euros, relativamente a meses anteriores e à redução da capacidade de endividamento, uma vez que a taxa de esforço sobe, os bancos passam a emprestar ainda menos dinheiro para a compra de uma casa.
O mês de novembro relembra isto a todos aqueles que tiverem o seu contrato revisto. Os aumentos podem ser inferiores a 30 euros por mês, como podem ascender ou ultrapassar os 230 euros mensais. Tudo depende do capital em dívida e do indexante usado.
Atualmente, é seguro afirmar o aumento das taxas Euribor devido às garantias que o Banco Central Europeu já apresentou na subida dos mesmos. Para dezembro, está estipulada uma nova subida nas prestações para detentores de crédito à habitação, dos quais os contratos sejam revistos no último mês do ano.