Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Preço de venda das casas em Portugal aumenta em 2022 face ao ano passado

Por: Marta Godinho

O Portal Imobiliário, Imovirtual, divulgou o barómetro anual com base em dados disponíveis na plataforma que analisa a evolução dos preços médios anunciados de venda e arrendamento em Portugal. Quanto aos arrendamentos e analisando os quatro últimos anos, o valor da renda média em 2022 foi de 1.269 euros que se aproxima do valor de 2019 de 1.242 euros (aumento de 2,2%). Contudo, por causa da quebra da renda dos anos anteriores, em 2022, houve um aumento de renda média de 17,5% face a 2022 a 1.080 euros (189 euros mais cara) e de 24,8% face a 2021 a 1.017 euros (252 euros mais cara).

Em 2022, os distritos mais caros para arrendar foram Lisboa (1.655 euros), Porto (1.195 euros), Faro (1.163 euros), Madeira (1.105 euros) e Setúbal (1.032 euros). Os distritos mais baratos foram Portalegre (368 euros), Vila Real (495 euros) e Bragança (527 euros).

Entre 2021 e 2022, Évora registou o maior aumento de renda (+55,5%) de 562 euros para 874, seguido de Faro (+39,6%) de 833 euros para 1.163 euros, Viseu (+37,1%) de 473 euros para 649, e Castelo Branco (+36%) de 410 euros para 558 euros. A única quebra ocorre em Portalegre (-4,6%), o distrito mais barato.

Face a 2020, a renda subiu sobretudo em Évora (+61%), seguido de Guarda (+54,9%) de 351 euros para 544 euros e Faro (+40,7%). Não há quebras do valor de renda na comparação de 2022 com 2020, com o aumento mais baixo em Portalegre (+7,4%).

Comparando com 2019, a renda aumentou sobretudo na Guarda (+51,8%) que era inicialmente de 358 euros e em Évora (+51,5%) que era de 577 euros. Houve um aumento em Santarém de 42,6% de 484 euros para 690 euros.

Quanto à venda, o preço médio de venda anunciado em 2022 foi de 395,458 euros e tem vindo a aumentar nos últimos quatro anos. O valor foi +21,8% faca a 2019 (324,559 euros), tornando-se 70 mil euros mais caras. Sobre 2020, o valor aumentou +14,5% (345,412 euros) e sobre 2021 aumentou +9% (362,870 euros).

Os distritos que se destacaram como os mais caros em 2022 foram Lisboa (626.246 euros), Faro (550.399 euros) e Região Autónoma da Madeira (439.666 euros). Os distritos mais baratos para comprar casa foram Guarda (114.054 euros) e Portalegre (118.496 euros).

Quando comparado a 2022, o ano de 2021 mostrou que a Madeira foi um dos distritos com maior aumento do preço em 2022 (+22,3%), subindo de 359.513 euros para 439.666 euros, seguindo-se Setúbal (+21,1%), onde sobe de 299.655 euros para 362.846 euros. A única quebra de preços face a 2021 ocorreu em Bragança (-11,3%), baixando de 218.49 euros para 193.825 euros.

Face a 2020, a Madeira continuou a ser o distrito com o maior aumento do preço de venda em 2022 (+35,1%) com o valor de 325,382 euros. Os preços também aumentam em Setúbal (+27,9%), onde em 2020 o valor era de 283.641 euros, e em Évora (+27,7%), subindo de 204.690 euros para 261.335 euros. Neste período de análise, as quebras de preço ocorrem em Bragança (-10,8%) e Portalegre (-2,8%).

Sobre 2019, o preço de venda aumentou especialmente em Évora (+45,9%) que se fixava anteriormente em 179,081 euros. Os preços também aumentaram na Madeira (+41,7%) que se fixava em 310,244 euros e em Setúbal (41,5%), onde se fixava em 256.436. Contrariamente, neste mesmo ano, as quebras de valor de venda mais significativas aconteceram também em Portalegre (-21,9%) e Bragança (-11,2%).

“Esta análise macro do mercado imobiliário, nos últimos quatro anos, acaba por mostrar que o mercado de arrendamento, que tem visto o preço a aumentar, apenas se reajustou de forma a voltar aos valores de 2019. Já o mercado de venda, apresenta aumentos significativos face aos últimos três anos”, afirma Diogo Lopes, marketing manager do Imovirtual.

“Com a conjuntura socioeconómica atual, a estagnação do preço de venda e o aumento do preço do arrendamento, prevê-se ser esta a tendência dos próximos meses no imobiliário, algo que pode ser influenciado pela instabilidade das taxas de juro e maior cautela por parte dos compradores”, acrescenta.

Os dados são referentes e comparativos entre 2019, 2020, 2021 e 2022.

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