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Confiança económica dos portugueses atinge o valor mais baixo desde 2017
Confiança económica dos portugueses atinge o valor mais baixo desde 2017 (Foto: Freepik)

Portugueses descontentes com condições económicas em Portugal

Por: Joana Mendes

66,8% dos inquiridos do estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica-Lisbon revela que as condições económicas são avaliadas entre fracas e muito fracas. De acordo com o comunicado enviado às redações, estes valores registados foram os mais baixos desde 2017.

Neste estudo estiveram envolvidos 1001 participantes, que responderam a um questionário online, no mês de dezembro de 2022. Os principais objetivos consistiam na investigação dos fatores pelos quais a sociedade é caracterizada e na monitorização dos indicadores gerais do Observatório da Sociedade Portuguesa, que analisam os propósitos da poupança, as perceções sobre o rendimento e a confiança económica dos portugueses.

Na análise dos dados é possível verificar que os portugueses estão descontentes com as condições económicas em Portugal. 79,7% dos participantes acredita que a situação económica no futuro vai piorar, considerando o impacto do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, na economia mundial e até mesmo, nacional.

Os três indicadores continuam com tendência a descer, a partir de julho de 2021, tendo o Índice de Confiança Económica registado os valores mais baixos pelo Observatório da Sociedade Portuguesa. O valor do ICE registado em 2022, a partir do estudo efetuado foi de -63,5 pontos, numa classificação de -100 e +100, sendo este o valor mais baixo desde 2021.

No que diz respeito à perceção sobre o rendimento mensal líquido de cada um, a maioria dos participantes (57,7%) acha que o seu rendimento é suficiente para viver. Relativamente aos restantes, 26,9% considera que é bastante difícil viver com os seus próprios rendimentos e 15,4% refere que sustentar a sua vida com o seu rendimento não tem um grau de dificuldade, nem de facilidade.

No que toca à poupança, 56% das pessoas tem a intenção de poupar, sendo este valor mais baixo, de 11,4%, comparativamente aos valores retirados, do estudo feito em 2021.