Por: Djeisibel Lopes
A consultora Michael Page apresenta os dados do estudo “Escassez de Talento em Portugal”, realizado com 150 recrutadores de empresas portuguesas.
Sobre a perda de atratividade do setor de atividade nos últimos 24 meses, 36% dos inquiridos acredita num aumento da atratividade, 32% que se perdeu um pouco a atração, 22,67% que nada ou pouco mudou e 9,33% a concordar com a afirmação.
De acordo com os dados do estudo, os perfis mais difíceis de recrutar são os de IT/Tecnologia, managers e recém diplomados. Já os Recursos Humanos são os que representam menor dificuldade de contratação.
Segundo os dados do relatório, quase a maioria dos recrutadores (48,67%) admite a existência de uma discrepância entre as soft skills necessárias para o cargo e as apresentadas pelos candidatos. Ainda 28% considera a escassez de mão de obra um problema de competências e 16,67% que os candidatos não têm as experiências necessárias.
“Quando olhamos para um processo de recrutamento, e numa altura de pleno desemprego, para algumas áreas de negócio, como a que vivemos, é importante alinhar as expectativas dos dois lados da decisão”, conta Filipa Silva, associate manager da Michael Page.
A responsável acrescenta que, para o candidato, é importante haver um enquadramento das suas expectativas quanto ao projeto, à empresa, a expectativas salariais e quanto ao que procura numa nova empresa.
“Por outro lado, por parte das empresas a recrutar, é muito importante alinhar as suas expectativas com as circunstâncias e realidade do mercado”, esclarece Filipa Silva.
A associate manager conclui que, de forma a alinhar expectativas, é importante o papel dos Recursos Humanos no sentido de ajudarem os line managers e administradores a gerir expectativas, o que, garante, levará a uma gestão de tempo e de recursos.