Por: Djeisibel Lopes
Segundo a Informa D&B, uma especialista no conhecimento empresarial que analisa o comportamento de pagamento das empresas, apenas 19,5% das empresas cumpriram os prazos de pagamento em Portugal, no final de junho deste ano.
A percentagem, revelam em comunicado, faz com que o país ocupe uma das piores posições a nível internacional quanto a atrasos nos pagamentos aos fornecedores.
Em 2020, a média de atraso das empresas portuguesas chegou a ser superior a 27,3 dias, no entanto, este valor tem vindo a reduzir ao longo dos anos, chegando aos 23 dias em junho de 2023.
“Os atrasos nos pagamentos podem gerar constrangimentos na liquidez das empresas credoras, sobretudo nas de dimensão mais reduzida, afetando a sua disponibilidade para fazer frente aos compromissos já assumidos”, conta Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B.
Em Portugal, a maioria das transações comerciais entre empresas é realizada a crédito, pelo que o valor deve ser pago aos fornecedores num prazo estabelecido. Também em maio deste ano, foi registado um valor de cerca de 65.000 milhões de euros por pagar aos fornecedores.
Segundo os dados da Informa D&B, os setores onde as empresas menos pagam dentro dos prazos acordados com os fornecedores são os de alojamento e de restauração.
Os transportes são também o setor onde mais empresas pagam com atrasos superiores a 90 dias. Já as áreas das tecnologias de informação e da comunicação são as que registam maior percentagem de empresas cumpridoras.
No total dos 41 países analisados na última edição do estudo “Payment Study 2023”, Portugal encontra-se entre os cinco países com menos empresas a cumprirem os prazos de pagamento.